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quinta-feira, 1 de novembro de 2012

O "adeus" de Teresa...


A vez primeira que eu fitei Teresa,

Como as plantas que arrasta a correnteza,

A valsa nos levou nos giros seus

E amamos juntos... E depois na sala

"Adeus" eu disse-lhe a tremer co'a fala


E ela, corando, murmurou-me: "adeus."


Uma noite entreabriu-se um reposteiro. . .

E da alcova saía um cavaleiro

Inda beijando uma mulher sem véus...

Era eu... Era a pálida Teresa!

"Adeus" lhe disse conservando-a presa...


E ela entre beijos murmurou-me: "adeus!"


Passaram tempos... secúlos de delírio

Prazeres divinais... gozos do Empíreo

... Mas um dia volvi aos lares meus.

Partindo eu disse - "Voltarei!... descansa!. . . "

Ela, chorando mais que uma criança,


Ela em soluços murmurou-me: "adeus!"


Quando voltei era o palácio em festa!...

E a voz d'Ela e de um homem lá na orquestra

Preenchiam de amor o azul dos céus.

Entrei!... Ela me olhou branca... surpresa!

Foi a última vez que eu vi Teresa!...


E ela arquejando murmurou-me: "adeus!"...
.
.
.
Castro Alves...

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