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segunda-feira, 26 de novembro de 2012

Canção do poeta difícil...


A minha pena é ásp'ra; a folha, que nem zinco!


Onde a cantiga tão doce

Que o meu amor cantava?


As palavras ficam-me nas linhas como urubus

plantados na cerca.


Quando eu era um passarinho

Morava numa gaiola

Que eu pensava que era um ninho...


Mas até onde, até onde eu vou puxar esta carreta?!


Quando eu era pequnino

Não usava ponto-e-vírgula...

Onde o arroio tão puro

Que de tão puro sumiu?...
.
.
.
Mario Quintana...

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