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domingo, 24 de junho de 2012

Por estas noites...



Por estas noites frias e brumosas

É que melhor se pode amar, querida!

Nem uma estrela pálida, perdida

Entre a névoa, abre as pálpebras medrosas


Mas um perfume cálido de rosas

Corre a face da terra adormecida ...

E a névoa cresce, e, em grupos repartida,

Enche os ares de sombras vaporosas:


Sombras errantes, corpos nus, ardentes

Carnes lascivas ... um rumor vibrante

De atritos longos e de beijos quentes ...


E os céus se estendem, palpitando, cheios

Da tépida brancura fulgurante

De um turbilhão de braços e de seios...
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Olavo Bilac...

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