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domingo, 24 de junho de 2012

Amor condusse noi ad nada...


Quando o olhar advinhando a vida

Prende-se a outro olhar de criatura

O espaço se converte na moldura

O tempo incide incerto sem medida


As mãos que se procuram ficam presas

Os dedos estreitados lembram garras

Da ave de rapina quando agarra

A carne de outras aves indefesas


A pele encontra a pele e se arrepia

Oprime o peito que estremece

O rosto a outro rosto desafia


A carne entrando a carne se consome

Suspira o corpo todo e desfalece

E triste volta a si com sede e fome...
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Paulo Mendes Campos...

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