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sábado, 30 de junho de 2012

Boa Noite...Beijos a Todos...

Por Issooooo...
Fiquem Com Deus...

As vezes uma trilha sonora bem chata, mas é, fazer o que...rsrsrsrs...

Sim, a gente tem e as vezes a gente é né...rsrsrsrs...

Que cantada hem...rsrsrsrsr...

Onde existe amor...

Com Certeza...

Os homens...



Em água e vinho se definem os homens.


Homem água. É aquele fácil e comunicativo.

Corrente, abordável, servidor e humano.

Aberto a um pedido, a um favor,

ajuda em hora difícil de um amigo, mesmo estranho.

Dá o que tem

- boa vontade constante, mesmo dinheiro, se o tem

Não espera restituição nem recompensa.


É como a água corrente e ofertante,

encontradiça nos descampados de uma viagem.

Despoluída, límpida e mansa.

Serve a animais e vegetais.

Vai levada a engenhos domésticos em regueiras, represas e açudes.

Aproveitada, não diminui seu valor, nem cobra preço.

Conspurcada seja, se alimpa pela graça de Deus

que assim a fez, servindo sempre

e à sua semelhança fez certos homens que encontramos na vida

- os Bons da Terra - Mansos de Coração.

Água pura da humanidade.


Há também, lado a lado, o homem vinho.

Fechado nos seus valores inegáveis e nobreza reconhecida.

Arrolhado seu espírito de conteúdo excelente em todos os sentidos.

Resguardados seus méritos indiscutíveis.

Oferecido em pequenos cálices de cristal a amigos

e visitantes excelsos, privilegiados.


Não abordável, nem fácil sua confiança

Correto. Lacrado.

Tem lugar marcado na sociedade humana.

Rigoroso.

Não se deixa conduzir - conduz.

Não improvisa - estuda, comprova.

Não aceita que o golpeiem,

defende-se antecipadamente.

Metódico, estudioso, ciente.


Há de permeio o homem vinagre,

uma réstia deles,

mas com esses não vamos perder espaço.

Há lugar na vida para todos...
.
.
.
Cora Coralina...

De Gramática e de Linguagem...


E havia uma gramática que dizia assim:

"Substantivo (concreto) é tudo quanto indica

Pessoa, animal ou cousa: João, sabiá, caneta".

Eu gosto das cousas. As cousas sim !...

As pessoas atrapalham. Estão em toda parte. Multiplicam-se em excesso.


As cousas são quietas. Bastam-se. Não se metem com ninguém.

Uma pedra. Um armário. Um ovo, nem sempre,

Ovo pode estar choco: é inquietante...)

As cousas vivem metidas com as suas cousas.

E não exigem nada.

Apenas que não as tirem do lugar onde estão.

E João pode neste mesmo instante vir bater à nossa porta.

Para quê? Não importa: João vem!

E há de estar triste ou alegre, reticente ou falastrão,

Amigo ou adverso...João só será definitivo

Quando esticar a canela. Morre, João...

Mas o bom mesmo, são os adjetivos,

Os puros adjetivos isentos de qualquer objeto.

Verde. Macio. Áspero. Rente. Escuro. luminoso.

Sonoro. Lento. Eu sonho

Com uma linguagem composta unicamente de adjetivos

Como decerto é a linguagem das plantas e dos animais.

Ainda mais:

Eu sonho com um poema

Cujas palavras sumarentas escorram

Como a polpa de um fruto maduro em tua boca,

Um poema que te mate de amor

Antes mesmo que tu saibas o misterioso sentido:

Basta provares o seu gosto...
.
.
.
Mario Quintana...

P.M.S.L....



Impossivel é não odiar

estas manhãs sem teto

e as valsas

que banalizam a morte

Tudo que fácil se

dá quer negar-nos. Teme

o lúdibrio dos corolas.

Na orquídea busca a orquídea

que não é apenas o fátuo

cintilar das pétalas: busca a móvel

orquídea: ela caminha em si, é

contínuo negar-se no seu fogo, seu

arder é deslizar.

Vê o céu. Mais

que azul, ele é o nosso

sucessivo morrer. Ácido

céu.

Tudo se retrai, e a teu amor

oferta um disfarce de si. Tudo

odeia se dar. Conheces a água?

ou apenas o som do que ela

finge?

Não te aconselho o amor. O amor

é fácil e triste. Não se ama

no amor, senão

o seu próprio findar.

Eis o que somos: o nosso

tédio de ser.

despreza o mar acessível

que nas praias se entrega, e

o das galeras de susto; despreza o mar

que amas, e só assim terás

o exato inviolável

mar autêntico!

O girassol

vê com assombro

que só a sua precariedade

floresce. Mas esse

assombro é que é ele, em verdade.

Saber-se

fonte única de si

alucina.

Sublime, pois, seria

suicidar-nos:

trairmos a nossa morte

para num sol que jamais somos

nos consumirmos...
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.
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Ferreira Gullar...

Invocação à mulher amada...



Tu, pássaro – mulher de leite!

Tu que carregas as lívidas glândulas do amor acima do sexo infinito

Tu, que perpetuas o desespero humano

– alma desolada da noite sobre o frio das águas

– tu Tédio escuro, mal da vida

– fonte! jamais... jamais... (que o poema receba as minhas lágrimas!...)

Dei-te um mistério: um ídolo, uma catedral, uma prece são

menos reais que três partes sangrentas do meu coração em martírio

E hoje meu corpo nu estilhaça os espelhos e o mal

está em mim e a minha carne é aguda

E eu trago crucificadas mil mulheres cuja santidade

dependeria apenas de um gesto teu sobre o espaço em harmonia.

Pobre eu! sinto-me tão tu mesma, meu belo cisne, minha bela, bela garça, fêmea

Feita de diamantes e cuja postura lembra um templo

adormecido numa velha madrugada de lua...

A minha ascendência de heróis: assassinos, ladrões, estupradores, onanistas

– negações do bem: o Antigo Testamento! – a minha descendência

De poetas: puros, selvagens, líricos, inocentes:

O Novo Testamento afirmações do bem: dúvida

(Dúvida mais fácil que a fé, mais transigente que a

esperança, mais oporturna que a caridade

Dúvida, madrasta do gênio) – tudo, tudo se esboroa ante a visão

do teu ventre púbere, alma do Pai, coração do Filho, carne do

Santo Espírito, amém!

Tu, criança! cujo olhar faz crescer os brotos dos sulcos da terra

– perpetuação do êxtase

Criatura, mais que nenhuma outra, porque nasceste

fecundada pelos astros – mulher! tu que deitas o teu sangue

Quando os lobos uivam e as sereias desacordadas se

amontoam pelas praias – mulher!

Mulher que eu amo, criança que amo, ser ignorado,

essência perdida num ar de inverno.

Não me deixes morrer!... eu, homem – fruto da terra

 – eu, homem – fruto da carne

Eu que carrego o peso da tara e me rejubilo, eu que carrego

os sinos do sêmen que se rejubilam à carne

Eu que sou um grito perdido no primeiro vazio à procura

de um Deus que é o vazio ele mesmo!

Não me deixes partir... – as viagens remontam à vida!...

e por que eu partiria se és a vida, se há em ti a viagem muito pura.

A viagem do amor que não volta, a que me faz

sonhar do mais fundo da minha poesia

Com uma grande extensão de corpo e alma

– uma montanha imensa e desdobrada – por onde eu iria caminhando

Até o âmago e iria e beberia da fonte mais doce e me

enlanguesceria e dormiria eternamente como uma múmia egípcia

No invólucro da Natureza que és tu mesma, coberto da tua

pele que é a minha própria – oh mulher, espécie adorável da poesia eterna!...
.
.
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Vinicius de Moraes...

Contranarciso...


Em mim

eu vejo o outro

e outro

e outro

enfim dezenas

trens passando

vagões cheios de gente

centenas

o outro

que há em mim

é você

você

e você

assim como

eu estou em você

eu estou nele

em nós

e só quando

estamos em nós

estamos em paz

mesmo que estejamos a sós...
.
.
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Paulo Leminski...

Formas...


De um único modo se pode dizer a alguém:

'não esqueço você'.

A corda do violoncelo fica vibrando sozinha

sob um arco invisível

e os pecados desaparecem como ratos flagrados.

Meu coração causa pasmo porque bate

e tem sangue nele e vai parar um dia

e vira um tambor patético

se falas no meu ouvido:

'não esqueço você'.

Manchas de luz na parede,

uma jarra pequena

com três rosas de plástico.

Tudo no mundo é perfeito

e a morte é o amor....
.
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Adélia Prado...

Vaidade...



Sonho que sou a Poetisa eleita,

Aquela que diz tudo e tudo sabe,

Que tem a inspiração pura e perfeita,

Que reúne num verso a imensidade!


Sonho que um verso meu tem claridade

Para encher todo o mundo! E que deleita

Mesmo aqueles que morrem de saudade!

Mesmo os de alma profunda e insatisfeita!


Sonho que sou Alguém cá neste mundo...

Aquela de saber vasto e profundo,

Aos pés de quem a terra anda curvada!


E quando mais no céu eu vou sonhando,

E quando mais no alto ando voando,

Acordo do meu sonho...


E não sou nada!...
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Florbela Espanca...

As Razões Que o Amor Desconhece...



Você é inteligente.

Lê livros, revistas e jornais. Gosta de filmes de Woody Allen,

do Hal Hartley e do Tarantino, mas sabe que uma boa comédia

romântica também tem seu valor.


É bonita.

Seu cabelo nasceu para ser sacudido em comercial de xampu

e seu corpo tem todas as curvas no lugar. Independente,

emprego fixo, bom saldo no banco.


Gosta de viajar, de música, tem loucura por computador e

seu fettuccine ao pesto é imbatível.

Você tem bom humor não pega no pé de ninguém e adora sexo.

Com um currículo desses, criatura, por que diabo está sem namorado?


Ah, o amor, essa raposa.

Quem dera o amor não fosse um sentimento, mas uma equação matemática :

eu linda + você inteligente = dois apaixonados.


Não funciona assim.

Ninguém ama a outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso

contrário os honestos, simpáticos e não-fumantes teriam uma fila

de pretendentes batendo-lhes à porta.


O amor não é chegado a fazer contas, não obedece a razão.

O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar.

Costuma ser despertado mais pelas flechas do Cupido que por uma ficha limpa.


Você ama aquele cafajeste.

Ele diz que vai ligar e não liga, ele veste o primeiro trapo que

encontra no armário, ele adora o Planet Hemp, que você não suporta.

Ele não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro e é meio galinha.

Ele não tem a menor vocação para príncipe encantado,

mas você não consegue despachá-lo.

Quando a mão dele toca em sua nuca, você derrete feito manteiga.

Ele toca gaita de boca, ele adora animais, ele escreve poemas.

Por que você ama esse cara?

Não pergunte a mim.


Você ama aquela petulante.

Você escreveu dúzias de cartas a que ela não respondeu, você deu

flores que ela deixou murchar, você levou-a para conhecer sua mãe

e ela foi de blusa transparente.

Você gosta de Rock e ela de MPB, você gosta de praia e ela tem

alergia a sol, você abomina o Natal e ela detesta o Ano Novo, nem

no ódio vocês combinam.

Então? Então que ela tem um jeito de sorrir que o deixa imobilizado,

o beijo dela é mais viciante que LSD, você adora brigar com ela e

ela adora implicar com você.

Isso tem nome.


Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, se veste bem e é fã do Caetano.

Isso são referências, só.

Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o

outro lhe dá ou pelo tormento que provoca.

Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam,

pela fragilidade que se revela quando menos se espera.

Amar não requer conhecimento prévio nem consulta ao SPC.

Ama-se justamente pelo que o Amor tem de indefinível.

Honestos existem aos milhares, generosos tem às pencas, bons

motoristas e bons pais de família, está assim, ó.


Mas só o seu amor consegue ser do jeito que ele é...
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Martha Medeiros...

Ao perder a ti...



Ao perder a ti, tu e eu perdemos

Eu, porque tu eras o que eu mais amava

E tu, porque eu era o que te amava mais

Contudo, de nós dois, tu perdeste muito mais que eu...

Porque eu poderei – quem sabe – amar outra como amava a ti

Mas a ti, com certeza, não te amarão como te amava eu!...
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Ernesto Cardenal...

Amor ou Amizade??? Os Dois...



No finalzinho da entrevista que Pedro Bial deu à

Marília Gabriela, quando foi questionado sobre

relacionamentos, ele deu uma lição que serve para

todo mundo: trate seu amor como você trata seu melhor amigo.

Sei que isso parece falta de romantismo, mas é o conselho mais certeiro.


Não era você que estava a fim de uma relação

serena e plenamente satisfatória?

Taí o caminho.

Vamos tentar elucidar como isso se dá na prática.

Comecemos pelo exemplo que o próprio Bial deu:

você foi convidado para o casamento de uma prima

distante que mora onde Judas perdeu as botas, você

tem que ir porque ela chamou você pra padrinho.

Como é que os casais costumam combinar isso?


"Não tem como escapar, você vai comigo e pronto".

Ou seja, um põe o outro no programa de índio e

nem quer saber de conversa.

É assim que você convidaria seu melhor amigo?

Não.

Você diria: "Putz, tenho uma roubada pela frente que você não imagina.

Me dá uma força, vem comigo, ao menos a gente dá umas risadas...".


Ficou bem mais simpático, não ficou?

Como esta, tem milhões de situações chatas que você

pode aliviar, apenas moderando o tom das palavras.


Pro seu marido:

 "Você nunca repara em mim, não deu pra notar que cortei o cabelo?

Será que sou invisível?

" Mas pra sua melhor amiga: "

Ai, pelo visto meu cabelo ficou medonho e você está me poupando, né?

Pode dizer a verdade, eu agüento".


Pra sua mulher:

"Você já se deu conta da podridão que está este sofá?

Não dá pra ver que está na hora de trocar o tecido?

" Mas pra sua melhor amiga: "

Deixa a pizza por minha conta, eu pago, assim você economiza pra lavar o sofá.

A não ser que este seja um novo estilo de decoração..."


Risos + risos+ risos.


Maneire.

Trate seu amor como todas as pessoas que

você adora e que não são seus parentes.

Trate com o mesmo humor que você trata seu melhor amigo, sua melhor amiga.

Até porque, caso você não tenha percebido, é exatamente isso que eles são.


"Grandes Realizações são possíveis quando se dá importância aos pequenos começos"...
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 Martha Medeiros...

A Água do Mundo...



Vou correndo, como se isso me fizesse escapar

dos pingos da chuva que se inicia.

Menos tempo na chuva, pode ser ilusório, mas

tenho a impressão de que ficarei menos molhado,

de que chegarei menos ensopado.

Com o canto do olho observo o senhor que com a

mangueira termina de limpar a calçada, mesmo sabendo

que a chuva há de modificar todo o cenário nos próximos instantes.

Ou vai trazer de volta toda a sujeira que ele está tirando

ou vai lavar outra vez o que ele acabou de lavar.


A água que cai do céu cai purinha, purinha, é o

que penso enquanto corro dela.

A água que cai do céu.

Lembro-me do livro da Camille Paglia em que ela

afirmava, ou pelo menos foi o que me recordo de

ter dali subtraído, que o homem havia optado por

viver em grupo por temor aos fenômenos naturais:

chuvas, clima, terremotos etc.

Foi preciso se unir contra as forças da natureza.

As forças amorais na natureza.

Quando passa um furacão levando tudo, bons

ou os maus, estão todos ameaçados.

Quando chove muito e tudo começa a inundar, anjos

e demônios poderão estar, em breve, igualmente submersos.

Quando a água falta, senhores e escravos morrem da mesma sede.

Há forças mais poderosas que a maldade humana.


Os destinos turísticos são, em sua maioria,

lugares interessantes por causa da água.

Praias, lagos, rios, cachoeiras: somos naturalmente atraídos pela água.

A simples vista para o mar ou rio já torna um ambiente mais interessante.

Parece óbvio o que digo mas se levarmos em conta que grande parte do

planeta é tomado por água isso passa a ser, sim, digno de nota: vivemos

em meio a tanta água e ainda somos tão fascinados por ela!

Nosso organismo é também, em sua maior porção, água. Somos água,

viemos da água, para a água voltaremos e, enquanto tivermos como

aproveitar a vida, queremos fazê-lo perto de alguma fonte de água límpida,

na beira de um rio ou mar.

Navegando, que seja.

Queremos água.


Vivemos, porém, sob o alerta de que a água pode acabar.

É preciso economizar.

Parece absurdo pois a água é absolutamente indestrutível!

Se você toca fogo ela vira fumaça e depois volta a ser água,

se congela ela derrete e volta a ser água, seja lá o que se faça

com ela, a água volta a ser água depois de um tempo, pura e cristalina.

E na mesma quantidade!

Pois é.

Mas pode voltar salgada.

Sabe lá o que é morrer de sede em frente ao mar?

O prejuízo maior que a água pode sofrer é a poluição.

Uma vez poluída a água pode demorar muitos anos para voltar

ao seu estado natural, potável, como os pingos da chuva lá do início.


Volto ao início e ao senhor que tentava varrer uma folha

de árvore, pequenina, da porta de seu prédio, segundos

antes da chuva começar.

Quantos litros de água pura ele desperdiçava naquela tarefa imbecil?

Não seria mais fácil varrer a folhinha ou pegá-la com a mão?

Aquela água correria para o bueiro e se juntaria ao esgoto cheio

de substâncias químicas e de lá iria parar sabe-se lá onde, mas,

poluída, demoraria um tempo enorme para voltar para o reservatório

d'água da cidade.

Este tempo é que pode ser o suficiente para uma cidade

entrar em caos por não ter o que beber.

A água não vai "acabar" nunca, mas talvez, um dia, não

possamos usufruir dela onde e como gostaríamos.

Talvez as grandes desgraças naturais não nos metam tanto

 medo porque o que nos vai derrotar mesmo sejam as folhinhas nas calçadas.

Aguadas de estupidez...
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Leo Jaime...

30/06 Cura...


Reconhecerei toda doença como resultado

das minhas transgressões contra as leis da

saúde, e procurarei desfazer o mal através

da alimentação correta, comendo menos,

jejuando, praticando mais exercícios e pensando corretamente...
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Paramahansa Yogananda, "Meditações Metafísicas"

Eu Sou...

Só o que falta...rsrsrsrsrsrs....

Bom dia...

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Boa Noite...Fiquem com Deus...Beijos...

É Sempre assim...

Teste...rsrsrsrsrrsrs...

Guardar...



Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la.

Em cofre não se guarda coisa alguma.

Em cofre perde-se a coisa à vista.

Guardar uma coisa é olhá-la, fitá-la, mirá-la por

admirá-la, isto é, iluminá-la ou ser por ela iluminado.

Guardar uma coisa é vigiá-la, isto é, fazer vigília por

ela, isto é, velar por ela, isto é, estar acordado por ela,

isto é, estar por ela ou ser por ela.

Por isso melhor se guarda o vôo de um pássaro

Do que um pássaro sem vôos.

Por isso se escreve, por isso se diz, por isso se publica,

por isso se declara e declama um poema:

Para guardá-lo:

Para que ele, por sua vez, guarde o que guarda:

Guarde o que quer que guarda um poema:

Por isso o lance do poema:

Por guardar-se o que se quer guardar...
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Antonio Cícero...

Princípios...



Podíamos saber um pouco mais

da morte. Mas não seria isso que nos faria

ter vontade de morrer mais

depressa.


Podíamos saber um pouco mais

da vida. Talvez não precisássemos de viver

tanto, quando só o que é preciso é saber

que temos de viver.


Podíamos saber um pouco mais

do amor. Mas não seria isso que nos faria deixar

de amar ao saber exactamente o que é o amor, ou

amar mais ainda ao descobrir que, mesmo assim, nada

sabemos do amor...
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Nuno Júdice...

Ode de Ricardo Reis...



Vem sentar-te comigo Lídia, à beira do rio.

Sossegadamente fitemos o seu curso e aprendamos

Que a vida passa, e não estamos de mãos enlaçadas.

(Enlacemos as mãos.)


Depois pensemos, crianças adultas, que a vida

Passa e não fica, nada deixa e nunca regressa,

Vai para um mar muito longe, para ao pé do Fado,

Mais longe que os deuses.


Desenlacemos as mãos, porque não vale a pena cansarmo-nos.

Quer gozemos, quer não gozemos, passamos como o rio.

Mais vale saber passar silenciosamente

E sem desassossegos grandes.


Sem amores, nem ódios, nem paixões que levantam a voz,

Nem invejas que dão movimento demais aos olhos, (…)

Pagãos inocentes da decadência.


Ao menos, se for sombra antes, lembrar-te-ás de mim depois

Sem que a minha lembrança te arda ou te fira ou te mova,

Porque nunca enlaçamos as mãos, nem nos beijamos

Nem fomos mais do que crianças.


E se antes do que eu levares o óbolo ao barqueiro sombrio,

Eu nada terei que sofrer ao lembrar-me de ti.

Ser-me-ás suave à memória lembrando-te assim - à beira- rio,

Pagã triste e com flores no regaço...
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Ricardo Reis,
um dos heterônimos de Fernando Pessoa...

Moça linda bem tratada...



Moça linda bem tratada,

Três séculos de família,

Burra como uma porta:

Um amor.


Grã-fino do despudor,

Esporte, ignorância e sexo,

Burro como uma porta:

Um coió.


Mulher gordaça, filó,

De ouro por todos os poros

Burra como uma porta:

Paciência...


Plutocrata sem consciência,

Nada porta, terremoto

Que a porta de pobre arromba:

Uma bomba...
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Mário de Andrade...

Amor E Luz...



Radical assim, sim.

Você gosta do que você é.

Você admira quem tem as

qualidades que você também acha que tem ou gostaria de ter.

Você gosta do que lhe diz respeito, gosta das pessoas que têm seu sangue,

das que você elege, das que não ameaçam você.

Você e o mundo são assim. Todos os seres humanos são assim, racionalmente.

Na tv, concordamos com quem diz o que nós pensamos. No jornal, damos

crédito a quem escreve o que nos representa. No fundo, nós só gostamos de

nós mesmos.

Leio uma crítica do Ricardo Feltrin e adoro-a. Claro, ela reflete o que eu também

penso, tenho que gostar. Dela, a crítica, dele, o crítico.

Cada ser humano se sente o centro do mundo, vê tudo sob sua ótica e só ama a

si mesmo.

Até sua falta de auto-estima prova que seu interesse é só um, ele próprio.

Egoístas.

Todos somos.

E aí vem o amor.

E dá uma rasteira no nosso ego imbecil.


O amor.

Que subitamente faz com que a gente ame alguma coisa, alguém, que é um

não-eu. Não é a mamãe, nem o papai, vovó, titio, filhinho. É outra pessoa.

De outra família, outro lugar, que tem outra história. Muitas vezes, é até de

outro sexo.

E amamos esta pessoa sem saber como ou por quê.

Porque o amor não é verbo que a gente conjuga na primeira pessoa de forma

racional, amor é verbo que faz da gente objeto.

O amor acontece.

E só quem aprende, entende, exercita o amor sabe que sua potência, sua

imensidão.

Quem nunca amou, pode achar que sabe mas não sabe.

Amor é único, não parece com nada.

O que mais se parece com amor deve ser chocolate. Ou queijo. Quando a

gente tem vontade de comer chocolate não serve mais nada. Só chocolate mesmo.

Queijo é assim também. É uma coisa em si.

No fundo, todo mundo que vive em desamor, de forma pontual ou em longas doses

ao longo dos anos, vai ficando amargo. Depois azedo. Depois, podre.

As pessoas ruins, ácidas, infelizes, que não sentem prazer, vivem anestesiadas.

São sempre as mais ranzinzas, as mais chatas, as que alfinetam, as que ferroam

sem parar.

Não são rompantes normais da ira, é um azedume que contamina tudo, uma

humidade triste de quem vive sem luz, onde o bolor diário da inveja cresce.

É triste, isto. Gente que vive embolorada por dentro, por falta de amor e sol.

Lamento por todas elas.

Porque se elas se lançassem ao amor, mudariam num instante...
.
.
.
Rosana Hermann...

Amor...


                                                
                                               Duvida da luz dos astros,

                                               De que o sol tenha calor,

                                               Duvida até da verdade,

                                               Mas confia em meu amor!...
                                               .
                                               .
                                               .
                                               Hamlet - Shakespeare...

Amar Bonito...


Talvez seja tão simples, tolo e natural que

você nunca tenha parado para pensar:

Aprendam a fazer bonito seu amor.

Ou fazer o seu amor ser ou ficar bonito.

Aprenda, apenas, a tão difícil arte de amar bonito.

Gostar é tão fácil que ninguém aceita aprender...

Tenho visto muito amor por aí.

Amores mesmo: bravios, gigantescos, descomunais,

profundos, sinceros, cheios de entrega, doação e dádiva.

Mas esbarram na dificuldade de se tornar bonitos.

Apenas isso: bonitos, belos ou embelezados, tratados com

carinho, cuidado e atenção.

Amores levados com arte e ternura de mãos jardineiras.

Aí, esses amores que são verdadeiros, eternos e descomunais,

de repente se percebem ameaçados e tão somente porque não

sabem ser bonitos: cobram, exigem, rotinizam,descuidam, reclamam,

deixam de compreender, necessitam mais do que oferecem, precisam

mais do que atendem, enchem-se de razões.

Sim, de razões.

Ter razão é o maior perigo no amor.

Quem tem razão sempre se sente no direito (e o tem)

de reivindicar, de exigir justiça, equidade, equiparação,

sem atinar que o que está sem razão talvez passe por um

momento de sua vida no qual não possa ter razão.

Nem queira!!!

Ter razão é um perigo: em geral, enfeia um amor, pois

 é invocado com justiça, mas na hora errada.

Amar bonito é saber a hora de ter razão.

Ponha a mão na consciência.

Você tem certeza de que está fazendo o seu amor bonito?

De que está tirando do gesto, da ação, da reação, do olhar, da

saudade, da alegria do encontro, da dor do desencontro a maior

beleza possível?

Talvez não.

Cheio ou cheia de razões, você separa do amor apenas aquilo

que é exigido por suas partes necessitadas, quando talvez dele

devesse pouco esperar, para valorizar melhor tudo de bom que

de vez em quando ele pode trazer.

Quem espera mais do que isso sofre e, sofrendo, deixa de amar bonito.

Sofrendo, deixa de ser alegre, igual, irmão, criança.

E sem soltar a criança, nenhum amor é bonito.

Não tema o romantismo. Derrube as cercas da opinião alheia.

Faça coroas de margaridas e enfeite a cabeça de quem você ama.

Saia cantando e olhe alegre.

Recomenda-se: encabulamentos, ser pego em flagrante

gostando, não se cansar de olhar e olhar, não atrapalhar

a convivência com teorizações, adiar sempre se possível

com beijos 'aquela conversa importante que precisamos

ter', arquivar, se possível, as reclamações pela pouca

atenção recebida.

Para quem ama, toda atenção é sempre pouca.

Quem ama feio não sabe que pouca atenção pode

ser toda a atenção possível.

Quem ama bonito não gasta tempo dessa atenção

cobrando a que deixou de ter.

Não teorize sobre o amor (deixe isso para nós, pobres escritores

que vemos a vida como criança de nariz encostado na vitrine cheia

de brinquedos dos nossos sonhos); não teorize sobre o amor, ame.

Siga o destino dos sentimentos aqui e agora.

Não tenha medo exatamente de tudo o que você teme, como:

a sinceridade, abrir o coração, contar a verdade do tamanho

do amor que sente; não dar certo e depois vir a sofrer

(sofrerá de qualquer jeito).

Jogue pro alto todas as jogadas, estratagemas, golpes, espertezas,

atitudes sabiamente eficazes (não é sábio ser sabido): seja apenas

você no auge de sua emoção e carência, exatamente aquele você

que a vida impede de ser.

Seja você cantando desafinado, mas todas as manhãs.

Falando besteiras, mas criando sempre.

Gaguejando flores.

Sentindo o coração bater como no tempo do Natal infantil.

Revivendo os caminhos que intuiu em criança.

Sem medo de dizer eu quero, eu estou com vontade.

Deixe o seu amor ser a mais verdadeira expressão de tudo que você é.

Se o amor existe, seu conteúdo já é manifesto.

Não se preocupe mais com ele e suas definições.

Cuide agora da forma do amor:

Cuide da voz.

Cuide da fala.

Cuide do cuidado.

Cuide de você.

Ame-se o suficiente para ser capaz de

gostar do amor e só assim poder começar

a tentar fazer o outro feliz...
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Artur da Távola...

A Intimidade Precisa Ser Bem Cuidada...



Os tempos mudaram, é verdade, mas a idéia de um casal (jovem ou velho),

com compromisso sério ou nem tanto, ser displicente com aparência na

intimidade é muito triste.

De modo geral, tanto homens como mulheres, no início de seus relaciona-

mentos, costumam dar "aquela caprichada" no visual.

Eles não poupam esforços para ficar mais atraentes. Nessas horas vale tudo:

roupas íntimas novinhas, depilação em dia, perfume, sabonete cheiroso.

É o momento do investimento.

As mulheres não fogem a regra, até as que podemos definir como "mais

desencanadas" querem no fundo sentir-se atraentes.

Batom, rímel, lingerie ousada, sapatos de salto, perfumes, qualquer coisa é

útil quando se está interessada em alguém.

O gostoso disso é que somos todos iguais. Afinal, a preocupação com a

estética faz parte do jogo da sedução.

Com o tempo, à medida que aumenta a intimidade, a relação vai perdendo

a cerimônia e diminui a preocupação do casal com a estética.

O difícil é entender que se isso faz parte da vida para que tanta propaganda,

métodos e produtos para melhorar a aparência? Será que é só para dar conta

dos "sem-compromisso"?

Pouco provável. A intimidade que traz conforto para o espírito, sentimento

de proteção e mais um monte de coisas boas para o relacionamento, pode

também ser a grande vilã em muitos relacionamentos.

A maioria das mulheres quando deixa uma relação estável precisa refazer

sua gaveta de roupas íntimas. Em geral, só tem peças gastas e sem charme.

Com os homens é a mesma coisa. Será que é preciso esperar uma separação

para que eles começam a dar importância para aparência, comprar roupas

novas e entrar em dieta?

Apesar de estranho, a intimidade faz os casais perderem o pudor, até que

passam a ficar em casa de qualquer jeito. Aceitar que isso acontece passa

a significar uma prova de amor, mas não é.

De alguma forma, os casais se esquecem do que faziam antes para agradar

o companheiro. Esquecem dos banhos intermináveis, de escovar os dentes

toda hora para ficar com o hálito fresquinho e de andar sempre cheiroso.

Quem acha que pensar nisso é bobagem pode acabar levando um grande

susto. Com medo de ofender, nem sempre o parceiro fala o que pensa.

Aí um dia, sem mais nem menos, recebe um comunicado: "Fui".

Para quem acha que vale a pena mudar o final do filme é bom estar sempre

pronto para uma alteração de roteiro. Para isso, seguem algumas dicas:

• Relação nenhuma sobrevive a bafo de onça, chulé, cecê e outras coisitas

mais: A higiene pessoal tem que estar sempre em dia. Vale a pena gastar

com sabonete, desodorante, pasta de dente e etc. Afinal, nesse roteiro,

nada tem hora para acontecer.

• Roupas íntimas sempre em dia. Alças, calcinhas ou cuecas: largas,

manchadas, encardidas, judiadas ou sem combinar devem ser jogadas no

lixo. Só para lembrar, dizem as más línguas que os homens detestam lingerie

bege.

• Se trocar de roupa para ficar em casa: Não vista a mais velha, furada ou

super larga! Coloque uma confortável, mas que lhe caia bem. Imagine que

um ex ou uma ex-namorada pode a qualquer momento tocar a campainha.

A última coisa que qualquer um ia querer ouvir é: "Nossa, ainda bem que

não deu certo"

• Preserve a sua intimidade: Usar o banheiro os dois ao mesmo tempo só

se for para tomar banho junto ou passar creme no corpo, para as outras

coisas o melhor é fechar a porta.

• Quem usa camiseta ou pijama para dormir cuidado, com o tempo o que

era uma graça fica um terror: Mulheres com mais de 30 anos de pijama

com motivo infantil ou homem com o pijamão xadrez não estão livres de

receber um PT (Perda Total) do companheiro. Não precisa cair no sexy,

as lojas estão cheias de pijamas confortáveis e modernos.

De resto, é sempre bom lembrar: Para que dure, uma relação precisa além

do amor e respeito de uma boa pitada de sal. Use bem a intimidade e

divirta-se!...
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Lícia Egger Moellwald...

A Escolha Do Seu Par...



"Nos bailes, as mulheres faziam um verdadeiro teste

psicológico, físico e social de um futuro marido e obtinham

o que poucos testes psicológicos revelam"


Há trinta anos, os adolescentes encontravam o sexo

oposto em bailes de salão organizados por clubes, igrejas

ou pais responsáveis preocupados com o sucesso reprodutivo

de seus rebentos.


Na dança de salão o homem tem uma série de obrigações,

como cuidar da mulher, planejar o rumo, variar os passos,

segurar com firmeza e orientar delicadamente o corpo de

uma mulher.

Homens levam três vezes mais tempo para aprender a

dançar do que mulheres.

Não que eles sejam menos inteligentes, mas porque têm

muito mais funções a executar.

Essa sobrecarga em cima do homem permite à mulher

avaliar rapidamente a inteligência do seu par, a sua

capacidade de planejamento, a sua reação em situações de stress.

A mulher só precisa acompanhá-lo.

Ela pode dedicar seu tempo exclusivamente à tarefa de avaliação do homem.


Uma mulher precisa de muito mais informações do

que um homem para se apaixonar, e a dança permitia

a ela avaliar o homem na delicadeza do trato, na firmeza

da condução, no carinho do toque, no companheirismo e

no significado que ele dava ao seu par.

Ela podia analisar como o homem lidava com o fracasso,

quando inadvertidamente dava uma pisada no seu pé.

Podia ver como ele se desculpava, se é que se desculpava,

ou se era do tipo que culpava os outros.


Essa convenção social de antigamente permitia ao sexo feminino

avaliar numa única noite vinte rapazes entre os 500 presentes

num grande baile.

As mulheres faziam um verdadeiro teste psicológico, físico e

social de um futuro marido e obtinham o que poucos testes

psicológicos revelam.

Em poucos minutos conseguiam ter uma primeira noção de

inteligência, criatividade, coordenação, tato, carinho, cooperação,

paciência, perseverança e liderança de um futuro par.


Infelizmente, perdemos esse costume porque se começou a

considerar a dança de salão uma submissão da mulher ao poder

do homem, porque era o homem quem convidava e conduzia a mulher.


Criaram o disco dancing, em que homem e mulher dançam

separados, o homem não mais conduz nem sequer toca no

corpo da mulher.

O som é tão elevado que nem dá para conversar, os usuais

130 decibéis nem permitem algum tipo de interação entre os sexos.


Por isso, os jovens criaram o costume de "ficar", o que permite a

uma garota conhecer, pelo menos, um homem por noite sem

compromisso, em vez de conhecer vinte rapazes numa noite,

também sem compromissos maiores.


Pior: hoje o primeiro contato de fato de um rapaz com o corpo

de uma mulher é no ato sexual, e no início é um desastre.

Acabam fazendo sexo mecanicamente em vez de romanticamente

como a extensão natural de um tango ou bolero.

Grandes dançarinos são grandes amantes, e não é por coincidência

que mulheres adoram homens que realmente sabem dançar e se

apaixonam facilmente por eles.


Masculinizamos as mulheres no disco dancing em vez de tornar

os homens mais sensíveis, carinhosos e preocupados com o trato

do corpo da mulher.

Não é por acaso que aumentou a violência no mundo, especialmente

a violência contra as mulheres.

Não é à toa que perdemos o romantismo, o companheirismo e a

cooperação entre os sexos.


Hoje, uma garota ou um rapaz tem de escolher o seu par num

grupo muito restrito de pretendentes, e com pouca informação

de ambas as partes, ao contrário de antigamente.


Eu não acredito que homens virem monstros e mulheres virem

megeras depois de casados.

As pessoas mudam muito pouco ao longo da vida, na realidade

elas continuam a ser o que eram antes de se casar.

Você é que não percebeu, ou não soube avaliar, porque perdemos

os mecanismos de antigamente de seleção a partir de um grupo

enorme de possíveis candidatos.


Fico feliz ao notar a volta da dança de salão, dos cursos de forró,

tango e bolero, em que novamente os dois sexos dançam juntos,

colados e em harmonia.

Entre o olhar interessado e o "ficar" descompromissado, eliminamos

infelizmente uma importante etapa social que era dançar, costume de

todos os povos desde o início dos tempos.


Se você for mãe de um filho, ajude a reintroduzir a dança de salão nos

clubes, nas festas e nas igrejas, para que homens aprendam a lidar com

carinho com o corpo de uma mulher.


Se você for mãe de uma filha, devolva a ela a oportunidade que seus

pais lhe deram, em vez de deixar sua filha surda, casada com um

brutamontes, confuso e insensível idiota...
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Stephen Kanitz é administrador por Harvard...

A Despedida Do Amor...



Existem duas dores de amor:


A primeira é quando a relação termina e a gente,

seguindo amando, tem que se acostumar com a

ausência do outro, com a sensação de perda, de

rejeição e com a falta de perspectiva, já que ainda

estamos tão embrulhados na dor que não conseguimos

ver luz no fim do túnel.


A segunda dor é quando começamos a vislumbrar a luz no fim do túnel.


A mais dilacerante é a dor física da falta de beijos e abraços,

a dor de virar desimportante para o ser amado.

Mas, quando esta dor passa, começamos um outro ritual de despedida:

A dor de abandonar o amor que sentíamos.

A dor de esvaziar o coração, de remover a saudade, de ficar livre,

sem sentimento especial por aquela pessoa. Dói também...


Na verdade, ficamos apegados ao amor tanto quanto à pessoa que o gerou.

Muitas pessoas reclamam por não conseguir se desprender de alguém.

É que, sem se darem conta, não querem se desprender.

Aquele amor, mesmo não retribuído, tornou-se um souvenir, lembrança

de uma época bonita que foi vivida...

Passou a ser um bem de valor inestimável, é uma sensação à qual

a gente se apega.

Faz parte de nós.

Queremos, lógicamente, voltar a ser alegres e disponíveis,

mas para isso é preciso abrir mão de algo que nos foi caro por muito

tempo, que de certa maneira entranhou-se na gente, e que só com

muito esforço é possível alforriar.


É uma dor mais amena, quase imperceptível.

Talvez, por isso, costuma durar mais do que

a "dor-de-cotovelo" propriamente dita.

É uma dor que nos confunde.

Parece ser aquela mesma dor primeira, mas já é outra.

A pessoa que nos deixou já não nos interessa mais, mas

interessa o amor que sentíamos por ela, aquele amor que

nos justificava como seres humanos, que nos colocava dentro

das estatísticas: "Eu amo, logo existo".


Despedir-se de um amor é despedir-se de si mesmo.

É o arremate de uma história que terminou, externamente,

sem nossa concordância, mas que precisa também sair de dentro da gente...


E só então a gente poderá amar, de novo...
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Martha Medeiros...

A grandeza do mar...




Você sabe por que o mar é tão grande?

Tão imenso? Tão poderoso?

É porque teve a humildade de colocar-se alguns

centímetros abaixo de todos os rios.

Sabendo receber, tornou-se grande.

Se quisesse ser o primeiro, centímetros acima de todos

os rios, não seria mar, mas sim uma ilha.

Toda sua água iria para os outros e estaria isolado.

A perda faz parte.

A queda faz parte.

A morte faz parte.

É impossível vivermos satisfatoriamente.

Precisamos aprender a perder, a cair, a errar e a morrer.

Impossível ganhar sem saber perder.

Impossível andar sem saber cair.

Impossível acertar sem saber errar.

Impossível viver sem saber viver.

Se aprenderes a perder, a cair, a errar,

ninguém mais o controlará.

Porque o máximo que poderá acontecer

a você é cair, errar e perder.

E isto você já sabe.


Bem aventurado aquele que já consegue

receber com a mesma naturalidade

o ganho e a perda, o acerto e o erro,

o triunfo e a queda, a vida e a morte...
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Paulo Roberto Gaefke...

29/06 Cura...


"Os médicos devem proceder à sua missão

de curar, aplicando à matéria as leis de Deus",

dizia Sri Yukteswar.

Mas exaltava a superioridade da terapia mental

e repetia com frequência:

"A sabedoria é o maior depurativo"...
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Paramahansa Yogananda, "Autobiografia de um Iogue"

Sempre sobra, coitadas.....rsrsrsrsrsr...

Bom Dia...

quinta-feira, 28 de junho de 2012

Boa Noite...Beijos...


E todos vocês também meus amigos queridos
que me acompanham aqui no blog e no youtube...
Fiquem com Deus, e tenham uma linda noite com sonhos maravilhosos...

kkkkkkkkkk...Verdade...rsrsrsrssrsrsr

.Cuidado...rsrsrs...

Com certeza...

Apresentação...



Aqui está a minha vida.

Esta areia tão clara com desenhos de andar

dedicados ao vento.

Aqui está a minha voz,

esta concha vazia, sombra de som

curtindo seu próprio lamento.

Aqui está minha dor,

este coral quebrado,

sobrevivendo ao seu patético momento.

Aqui está a minha herança,

este mar solitário

que de um lado era amor e, de outro, esquecimento...
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Cecília Meireles...

Canção para um Desencontro...




Deixa-me errar alguma vez,

porque também sou isso: incerta e dura,

e ansiosa de não te perder agora que entrevejo

um horizonte.

Deixa-me errar e me compreende

porque se faço mal é por querer-te

desta maneira tola, e tonta, eternamente

recomeçando a cada dia como num descobrimento

dos teus territórios de carne e sonho, dos teus

desvãos de música ou vôo, teus sótãos e porões

e dessa escadaria de tua alma.


Deixa-me errar mas não me soltes

para que eu não me perca

deste tênue fio de alegria

dos sustos do amor que se repetem

enquanto houver entre nós essa magia..
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Lya Luft...

O sal da língua...



Escuta, escuta: tenho ainda

uma coisa a dizer.

Não é importante, eu sei, não vai

salvar o mundo, não mudará

a vida de ninguém - mas quem

é hoje capaz de salvar o mundo

ou apenas mudar o sentido

da vida de alguém?

Escuta-me, não te demoro.

É coisa pouca, como a chuvinha

que vem vindo devagar.

São três, quatro palavras, pouco

mais. Palavras que te quero confiar,

para que não se extinga o seu lume,

o seu lume breve.

Palavras que muito amei,

que talvez ame ainda.

Elas são a casa, o sal da língua...
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Eugénio de Andrade...

A máquina do mundo...




E como eu palmilhasse vagamente

uma estrada de Minas, pedregosa,

e no fecho da tarde um sino rouco

se misturasse ao som de meus sapatos

que era pausado e seco; e aves pairassem

no céu de chumbo, e suas formas pretas

lentamente se fossem diluindo

na escuridão maior, vinda dos montes

e de meu próprio ser desenganado,

a máquina do mundo se entreabriu

para quem de a romper já se esquivava

e só de o ter pensado se carpia.


Abriu-se majestosa e circunspecta,

sem emitir um som que fosse impuro

nem um clarão maior que o tolerável

pelas pupilas gastas na inspeção

contínua e dolorosa do deserto,

e pela mente exausta de mentar

toda uma realidade que transcende

a própria imagem sua debuxada

no rosto do mistério, nos abismos.


Abriu-se em calma pura, e convidando

quantos sentidos e intuições restavam

a quem de os ter usado os já perdera

e nem desejaria recobrá-los,

se em vão e para sempre repetimos

os mesmos sem roteiro tristes périplos,

convidando-os a todos, em coorte,

a se aplicarem sobre o pasto inédito

da natureza mítica das coisas,

assim me disse, embora voz alguma

ou sopro ou eco ou simples percussão

atestasse que alguém, sobre a montanha,

a outro alguém, noturno e miserável,

em colóquio se estava dirigindo:

"O que procuraste em ti ou fora de

teu ser restrito e nunca se mostrou,

mesmo afetando dar-se ou se rendendo,

e a cada instante mais se retraindo,

olha, repara, ausculta: essa riqueza

sobrante a toda pérola, essa ciência

sublime e formidável, mas hermética,

essa total explicação da vida,

esse nexo primeiro e singular,

que nem concebes mais, pois tão esquivo

se revelou ante a pesquisa ardente

em que te consumiste... vê, contempla,

abre teu peito para agasalhá-lo.”


As mais soberbas pontes e edifícios,

o que nas oficinas se elabora,

o que pensado foi e logo atinge

distância superior ao pensamento,

os recursos da terra dominados,

e as paixões e os impulsos e os tormentos

e tudo que define o ser terrestre

ou se prolonga até nos animais

e chega às plantas para se embeber

no sono rancoroso dos minérios,

dá volta ao mundo e torna a se engolfar,

na estranha ordem geométrica de tudo,

e o absurdo original e seus enigmas,

suas verdades altas mais que tantos

monumentos erguidos à verdade:

e a memória dos deuses, e o solene

sentimento de morte, que floresce

no caule da existência mais gloriosa,

tudo se apresentou nesse relance

e me chamou para seu reino augusto,

afinal submetido à vista humana.


Mas, como eu relutasse em responder

a tal apelo assim maravilhoso,

pois a fé se abrandara, e mesmo o anseio,

a esperança mais mínima — esse anelo

de ver desvanecida a treva espessa

que entre os raios do sol inda se filtra;

como defuntas crenças convocadas

presto e fremente não se produzissem

a de novo tingir a neutra face

que vou pelos caminhos demonstrando,

e como se outro ser, não mais aquele

habitante de mim há tantos anos,

passasse a comandar minha vontade

que, já de si volúvel, se cerrava

semelhante a essas flores reticentes

em si mesmas abertas e fechadas;

como se um dom tardio já não fora

apetecível, antes despiciendo,

baixei os olhos, incurioso, lasso,

desdenhando colher a coisa oferta

que se abria gratuita a meu engenho.


A treva mais estrita já pousara

sobre a estrada de Minas, pedregosa,

e a máquina do mundo, repelida,

se foi miudamente recompondo,

enquanto eu, avaliando o que perdera,

seguia vagaroso, de mãos pensas...
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Carlos Drummond de Andrade...

Protopoema...



Do novelo emaranhado da memória, da escuridão dos

nós cegos, puxo um fio que me aparece solto.

Devagar o liberto, de medo que se desfaça entre os

dedos.

É um fio longo, verde e azul, com cheiro de limos,

e tem a macieza quente do lodo vivo.

É um rio.

Corre-me nas mãos, agora molhadas.

Toda a água me passa entre as palmas abertas, e de

repente não sei se as águas nascem de mim, ou para

mim fluem.

Continuo a puxar, não já memória apenas, mas o

próprio corpo do rio.

Sobre a minha pele navegam barcos, e sou também os

barcos e o céu que os cobre e os altos choupos que

vagarosamente deslizam sobre a película luminosa

dos olhos.

Nadam-me peixes no sangue e oscilam entre duas

águas como os apelos imprecisos da memória.

Sinto a força dos braços e a vara que os prolonga.

Ao fundo do rio e de mim, desce como um lento e

firme pulsar do coração.

Agora o céu está mais perto e mudou de cor.

É todo ele verde e sonoro porque de ramo em ramo

acorda o canto das aves.

E quando num largo espaço o barco se detém, o meu

corpo despido brilha debaixo do sol, entre o

esplendor maior que acende a superfície das águas.

Aí se fundem numa só verdade as lembranças confusas

da memória e o vulto subitamente anunciado do

futuro.

Uma ave sem nome desce donde não sei e vai pousar

calada sobre a proa rigorosa do barco.

Imóvel, espero que toda a água se banhe de azul e que

as aves digam nos ramos por que são altos os

choupos e rumorosas as suas folhas.

Então, corpo de barco e de rio na dimensão do homem,

sigo adiante para o fulvo remanso que as espadas

verticais circundam.

Aí, três palmos enterrarei a minha vara até à pedra

viva.

Haverá o grande silêncio primordial quando as mãos se

juntarem às mãos.

Depois saberei tudo...
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José Saramago...

28/06 - Cura...



Doenças físicas ou mentais renitentes têm

sempre uma raiz profunda no subconsciente.

A doença poderá ser curada arrancando-se

essas raízes escondidas.

É por isso que todas as afirmações da mente

consciente devem ser suficientemente impressivas

para permear o subconsciente, o qual, de volta,

automaticamente influencia a mente consciente.

Fortes afirmações conscientes então reagem sobre

a mente e o corpo através da mediação do subconsciente.

Afirmações ainda mais fortes alcançam não somente o subconsciente,

mas também a mente superconsciente - o depósito mágico dos poderes miraculosos...
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Paramahansa Yogananda, "Afirmações Científicas de Cura"

Bom Dia...