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terça-feira, 2 de outubro de 2012

Rua morta...



Longa rua distante de subúrbio,

velha e comprida rua não violada pelos prefeitos,

passo sobre ti suavemente neste fim de tarde de domingo.


Sinto-te o coração pulsando oculto sob as areias.

O sangue circula na copa imensa dos flamboyants.


Tropeço nos passos perdidos há muito nestas areias,

onde as pedras não vieram ainda sepultá-los.

Passos de homens que jamais voltarão.


Ó velhos chalés de 1830,

eterniza-se entre as paredes o eco das vozes de invisíveis habitantes.

Mãos de sombras femininas abrem de leve janelas no oitão.


Há um cheiro de jasmins e resedás

que não vem dos jardins abandonados,

mas dos cabelos dos fantasmas das moças de outrora...
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Mauro Mota...

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