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quinta-feira, 25 de outubro de 2012
Fim do mundo...
Ponho-me às vezes a cismar como seria belo o fim do mundo,
Antes de Cristo...
Nos campos verdes
Decorativas ossadas
Brancas geometrias.
Na cidade morta
Colunas. O azul, imóvel, sonha
A última asa.
A folha,
Graça infinita,
Se desprende e tomba
No tanque: leve sorriso da água...
Porém, quando este mundo cibernético for para o
Diabo que o forjicou
E todas as nossas bugigangas eletrônicas virarem
sucata
E todos as estrelas perderem os seus nomes,
Os únicos poetas que os sobreviventes entenderão
São os que hoje ainda falam no cricilar dos grilos,
no frêmito
Do primeiro
Amor...
Redescobridores encantados da poesia
Esses pobres homens não serão nem ao menos
arqueólogos
E nós descansaremos, finalmente, em paz...
.
.
.
Mario Quintana...
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