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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Diversonagens suspersas...


Meu verso, temo, vem do berço.

Não versejo porque eu quero,

versejo quando converso

e converso por conversar.

Pra que sirvo senão pra isto,

pra ser vinte e pra ser visto,

pra ser versa e pra ser vice,

pra ser a super-superfície,

onde o verbo vem ser mais?


Não sirvo pra observar.

Verso, persevero e conservo

um susto de quem se perde

no exato lugar onde está.


Onde estará meu verso?

Em algum lugar de um lugar,

onde o avesso do inverso

começa a ver e ficar.

Por mais prosas que eu perverta,

Não permita Deus que eu perca

meu jeito de versejar...
.
.
.
Paulo Leminski...

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