Pesquisar este blog

Meus Vídeos...

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

A canção...


Era a flor da morte

E era uma canção...


Tão linda que só se poderia ler dançando.


E que nada dizia

Em sua graça ingênua

Dos subterrâneos êxtases e horrores em

que estavam mergulhadas as suas raízes...

Mas estava fragilmente pintada sobre o véu do silêncio


Onde a morte jazia com os seus cabelos esparsos

Com os seus dedos sem anéis

Com os seus lábios imóveis


E que talvez houvessem desaprendido para sempre

até as sílabas com que outrora pronunciavam meu nome...

Onde a morta jazia, na sua misteriosa ingratidão!


Era uma pobre canção,

Ingênua e frágil,

Que nada dizia...
.
.
.
Mario Quintana...

Nenhum comentário:

Postar um comentário