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segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Soneto superficial e esguio como Madame...
Madame, em vosso claro olhar, e leve,
navegam coloridas geografias,
azul de litoral, paredes frias,
vontade de fazer o que não deve
ser feito, por ser coisa de outras dias
vivida num instante muito breve,
quando extraímos sal, areia e neve
de vossas mãos, singularmente esguias.
Que eternos somos, dúvida não tenho,
nem posso abandonar minha planície
sem saber se em vós há o que em vós venho
buscar.
E embora em nós tudo nos chame,
jamais navegarei a superfície
de vosso claro e leve olhar, Madame...
.
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.
Carlos Pena Filho...
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