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domingo, 14 de outubro de 2012

A solidão e o seu desgaste...


Freqüentador da solidão, às vezes

Jogava ao ar um desespero ou outro,

Mas guardava os menores objetos

Onde a vida morava e o amor nascia.


Era uma carga enorme e sem sentido,

Um silêncio magoado e impermeável...

A solidão povoada de instrumentos,

Roubando espaço à andeja liberdade.


Mas, hoje, é outro que nem lembra aquele

Passeia pelos campos e os despreza

E porque sabe com certeza clara,


O princípio e o fim da coisa amada,

Guarda pouco da vida e o que retém

É só pelo impossível de eximir-se...
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Carlos Pena Filho...

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