Fique o amor onde está; seu movimento
nas equações marítimas se inspire para que,
feito o mar, não se retire de verdes áreas de
seu vão lamento.
Seja o amor como a vaga ao vago intento de
ser colhida em mãos; nela se mire e, fiel ao seu
fulcro, não admire as enganosas rotações do vento.
Como o centro de tudo, não se afaste da razão
de si mesmo, e se contente em luzir para o lume
que o ensolara.
Seja o amor como o tempo – não se gaste e,
se gasto, renasça, noite clara que acolhe a treva,
e é clara novamente...
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Ledo Ivo...
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