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domingo, 9 de setembro de 2012

Canção do amor imprevisto...


Eu sou um homem fechado.

O mundo me tornou egoísta e mau.

E minha poesia é um vicio triste,

Desesperado e solitário

Que eu faço tudo por abafar.

Mas tu apareceste com tua boca fresca de madrugada,

Com teu passo leve,

Com esses teus cabelos...

E o homem taciturno ficou imóvel,

sem compreender nada,

numa alegria atônita...

A súbita alegria de um espantalho inútil

Aonde viessem pousar os passarinhos!...
.
.
.
Mario Quintana...

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