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domingo, 6 de maio de 2012

Data e dedicatória...


Teus poemas, não os dates nunca... Um poema

Não pertence ao Tempo... Em seu país estranho

Se existe hora, é sempre a hora extrema

Quando o Anjo Azrael nos estende ao sedento

Lábio o cálice inextinguível...

O que tu fazes hoje é o mesmo poema

Que fizeste em menino,

É o mesmo que,

Depois que tu te fores,

Alguém lerá baixinho e comovidamente,

A vivê-lo de novo...

A esse alguém,

Que talvez nem tenha ainda nascido,

Dedica, pois, teus poemas,

Não os date, porém:

As almas não entendem disso...
.
.
.
Mario Quintana...



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