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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Soneto do Desmantelo Azul...

Então pintei de azul os meus sapatos


por não poder de azul pintar as ruas,

depois, vesti meus gestos insensatos

e colori as minhas mãos e as tuas.



Para extinguir em nós o azul ausente

e aprisionar no azul as coisas gratas

enfim, nós derramamos simplesmente

azul sobre os vestidos e as gravatas.



E afogados em nós, nem nos lembramos

que no excesso que havia em nosso espaço

pudesse haver de azul também cansaço.



E perdidos de azul nos contemplamos

e vimos que entre nós nascia um sul

vertiginosamente azul. Azul..
.
.
.
Carlos Pena Filho...

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