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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Pecadora...

Conheci-a feliz. Na fina transparência


do seu rosto gentil dum tom aveludado,

havia a nota ideal dum sonho imaculado,

e o perfume sutil da cândida inocência.



Restava-lhe inda a mãe. Que límpida existência,

no pequeno casebre antigo e sossegado!

Como o tempo corria alegre e perfumado!

Que esplêndido viver de luminosa essência!



Há dias, encontrei-a. Ao vê-la, estremeci;

não era a mesma já, que em tempo conheci

de modesto roupão e olhar que alucinava.



Mas notei que o cetim lustroso do vestido

tinha manchas sutis - vestígio dolorido

das lágrimas sem fim que a triste derramava...
.
.
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Eduardo Coimbra...

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