Tive meu nome escrito ao lado do seu;
Em uma velha árvore no quintal;
E quantos sonhos depositei naquele gesto?
Esperando que um fosse real.
Mas de que vale alguns traços;
Na superfície nodosa de madeira?
Se tudo o que eu mais desejei;
Não passa de mera brincadeira?
Os anos passam e aquilo se embrutece;
Hoje me parece quase pornográfico;
Seus traços murcharam, mas permanecem
E eu aqui a odiá-los.
O que tinhas na cabeça?
Para dizer-me “Eu te amo”?
Se sabia que no fundo eu ardia
De amor e profundo encanto?
Fui a tola, a bobinha apaixonada!
E você o melhor amigo inocente
Quem imaginaria que um dia
Visse a me plantar do amor a semente?
Agora as lágrimas borram-me os olhos
E teu nome e meu nome se misturam
Vejo apenas um borrão avermelhado
Mas teus traços ainda me torturam
E agora que você cresceu
Está moço, moço tão belo!
Mas não se preocupe com sua amiga
Seus passos, ah estes já não zelo
Vejo-me, então, sozinha;
E sei que para cá não olharás
Mas tudo bem, agora eu consigo
Suportar a falta que faz
E aqueles nomes?
Será que nunca se desfarão?
São marcas de minha vida.
São provas da incontestável paixão.
Sei que você já não se lembra mais;
Como uma memória perdida no passado;
Antes éramos nós, a infância e a promessa;
Agora sou eu, a árvore e os nomes riscados...
.
.
.
Galena Dale ...
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