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sexta-feira, 30 de março de 2012
Sabedoria de Sri Aurobindo em "Savitri", sua obra mais inspirada (Índia, primeira metade do século XX):
Se no vazio sem significado a criação surgiu,
Se de uma força inconsciente a matéria nasceu,
Se a vida pode se erguer na árvore inconsciente,
E o encanto verde penetrar nas folhas esmeraldinas,
E seu sorriso de beleza desabrochar na flor,
E a sensação pode despertar no tecido, no nervo e na célula,
E o pensamento apossar-se da matéria cinzenta do cérebro,
E a alma espiar de seu esconderijo através da carne,
Como não poderá a luz ignota se lançar sobre o homem,
E poderes desconhecidos emergirem do sono da natureza?
Mesmo agora, insinuações de uma Verdade luminosa como estrelas,
Erguem-se no esplendor da mente lunar da ignorância;
Mesmo agora, o toque imortal do Amante sentimos,
Se a porta da câmara apenas estiver entreaberta,
O que então pode impedir Deus de furtar-se para dentro,
Ou quem pode proibir seu beijo na Alma adormecida?"
Há um amor que é a causa de tudo!
A luz do sol e as flores me mostram isso e eu aceitei lucidamente!
Não rezei, só fiquei admirado.
Não vi um velho barbudo lá nos céus me julgando, só vi a flor abrindo e
saudando a luz solar.
E isso me bastou!
Meu coração agradeceu e também tornou-se uma flor aberta e cheia de brilho.
Não precisei que algum intermediário humano, sacerdote de alguma religião ou
técnico de alguma área consciencial, me explicasse o que apenas uma flor já me
mostrou.
E sei, também, que nenhum deles é mais bonito do que a aurora ou o entardecer.
Por isso, digo a vocês: Não adianta nada estudar temas espirituais,
conscienciais, e ser incapaz de maravilhar-se com eventos simples da natureza.
De que adianta estudar com afinco e não sorrir mais?
De que vale ser técnico nisso ou naquilo, e ao mesmo tempo ser
chato pra caramba, ter medo de beijar, sorrir e abraçar?
Ainda sou mais a flor e a luz do sol!
Encerro esses escritos novamente com a inspiração do sábio Kabir:
"A harpa deixa escapar murmúrios musicais;
e segue a dança, porém sem pés ou mãos.
Ela é tocada sem dedos, é escutada sem ouvidos;
pois Ele é o ouvido, e Ele é o ouvinte.
A porta está cerrada, mas o interior
recende a perfume: aí acontece
o encontro que ninguém vê.
O sábio o compreenderá."
PS: A flor me disse espiritualmente:
"Amigo, escreva e fale do amor que os homens esquecem.
Deixe que a vida leve esses escritos a quem de direito.
Há um perfume invisível neles.
Percebendo-o, muitos corações reacenderão as chamas
espirituais e voltarão a sentir o toque do infinito.
Eles saberão!
(Esses escritos são dedicados ao mestre Sri Mahendra
Nath Gupta, conhecido como mestre Mahasaya - Sri Ma, fiel
escudeiro dos ensinamentos de Paramahansa Ramakrishna e
um grande amigo espiritual nas lidas da cura)...
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Wagner D. Borges...
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