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sexta-feira, 30 de março de 2012
A Canção Do Albatroz...
Sobre a superfície cinzenta do mar
O vento reúne pesadas nuvens
Semelhante a um raio negro
Entre as nuvens e o mar
Paira orgulhoso o albatroz
Mensageiro da tempestade
E ora são as asas tocando as ondas
Ora é uma flecha rasgando as nuvens
Ele grita
E as nuvens escutam a alegria
No ousado grito do pássaro
Nesse grito - Sede de tempestade
Nesse grito - As nuvens escutam a fúria
A chama da paixão
A confiança na vitória
As gaivotas gemem diante da tempestade
Gemem e lançam-se ao mar
Para lá no fundo esconder
O pavor da tempestade
E os mergulhões também gemem
A eles, mergulhões é inacessível
A delícia da luta pela vida:
O barulho do trovão os amedronta...
O tolo pingüim timidamente esconde
Seu corpo obeso entre as rochas
Apenas o orgulhoso albatroz voa
Ousado e livre
Sobre a espuma cinzenta do mar
Tonitroa o trovão
As ondas gemem na espuma da fúria
E discutem com o vento!
Eis que o vento abraça
Uma porção de ondas com força
E lança-as com maldade selvagem nas rochas
Espalhando-as como a poeira
Respingando uma noite de esmeraldas
O albatroz paira a gritar como um raio negro
Rompendo as nuvens como uma flecha
Levantando espuma com suas asas.
Ei-lo voando rápido
Como um mensageiro
Orgulhoso e negro
Mensageiro da tempestade
Ri das nuvens, soluça de alegria
Ele - sensível mensageiro
Há muito vem escutando
Cansaço na fúria do trovão...
Tem certeza de que as nuvens
Não escondem!
Não, não escondem...
Uiva o vento
Ribomba o trovão
Sobre o abismo do mar
Um monte de nuvens pesadas
Brilham como centelhas
Esse corajoso albatroz
Paira altivo entre os raios
E sobre o mar furiosamente urrando
Então grita o profeta da Vitória
QUE MAIS FORTE ARREBENTE A TEMPESTADE!...
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Máximo Gorki...
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