Não sou a areia
Onde se desenha um par de asas
Ou grade diante de uma janela
Não sou apenas a pedra que rola
Nas marés do mundo,
Em cada praia renascendo outra.
Sou a orelha encostada na concha
Da vida, sou construção e desmoronamento,
Servo e senhor,e sou
Mistério.
A quatro mãos escrevemos o roteiro
Para o palco do meu tempo:
O meu destino e eu.
Nem sempre estamos afinados,
Nem sempre nos levamos
A sério...
.
.
.
Lya Luft ...
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