Quando o dia acorda atravessado, escalo uma montanha.
É meu próprio caminho em direção ao Sol.
Mochila nas costas, carrego o principal não levo
nem perguntas, nem respostas.
Ponho um ramo de sonhos que vou plantando pelo
caminho, a flauta encantada pra seduzir passarinho,
a estrela companheira que brilha o tempo inteiro e
mantém a trilha iluminada; um frasco de água benta,
uma reza certeira; um arco-íris à prova de vento, um
peito aberto à prova de nada.
Devagarzinho, sem pressionar o tempo, chego ao meu destino.
Respiro fundo, abro os braços, canto um hino
de sagração ao mundo - e agradeço - por ter descoberto
de repente por onde se começa um recomeço...
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Flora Figueiredo...
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