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quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Ela...

Ela não fala muito mas faz coisas extraordinárias

no silêncio, do vazio ela derrama frases e versos

com as mãos na tela do computador que carregam

dores e angústias que entalam sua garganta.



Ela não fala muito, mas gosta das palavras e

espera que as pessoas leiam e com isso desvende

alguns de seus mistérios.


Porque por ter algo a dizer, ela escreve.


E eu quando a leio, sinto a dor que ela realmente

sente, em certo ponto os sentimentos ganham o

mundo, e rasgam a pele, a covardia, o medo.


Ela não fala muito, mas atravessa a cidade

fixando seu pensamento em minhas mãos,

encaixando perfeitamente seu sorriso em meus olhos.


Do nosso encontro nasceu o verbo e o vento.


A tristeza do vento solitário ecoando no verbo em total abandono.


Essa pequena fusão, que se misturou com

nossos lábios deu origem às belas poesias e

canções que coram o rosto das musas.



Marcello Lopes

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