Ela não fala muito mas faz coisas extraordinárias
no silêncio, do vazio ela derrama frases e versos
com as mãos na tela do computador que carregam
dores e angústias que entalam sua garganta.
Ela não fala muito, mas gosta das palavras e
espera que as pessoas leiam e com isso desvende
alguns de seus mistérios.
Porque por ter algo a dizer, ela escreve.
E eu quando a leio, sinto a dor que ela realmente
sente, em certo ponto os sentimentos ganham o
mundo, e rasgam a pele, a covardia, o medo.
Ela não fala muito, mas atravessa a cidade
fixando seu pensamento em minhas mãos,
encaixando perfeitamente seu sorriso em meus olhos.
Do nosso encontro nasceu o verbo e o vento.
A tristeza do vento solitário ecoando no verbo em total abandono.
Essa pequena fusão, que se misturou com
nossos lábios deu origem às belas poesias e
canções que coram o rosto das musas.
Marcello Lopes
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