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quarta-feira, 4 de abril de 2012

Evoluídos sentem raiva só por um minuto...


As escrituras do yoga dizem que uma pessoa evoluída conserva sua raiva por
um minuto; uma pessoa comum conserva-a por meia hora e uma pessoa ainda
não evoluída conserva sua raiva por um dia e uma noite.


Mas uma pessoa cheia de mágoas lembra-se de sua raiva até morrer.

É humano sentir raiva, faz parte de nossa evolução, mas devemos esquecê-la rapidamente.

Não devemos alimentá-la nos lembrando dela, nem remoendo acontecimentos
passados, porque a raiva causa uma grande inquietude interior.

Somos as primeiras vítimas de nossa própria raiva.

Ela nos queima por dentro, tirando nossa paz; obscurece nossos pensamentos,
distorce nossas percepções.

A raiva acumulada, guardada um pouco aqui e ali, nos prejudica muito e nos
afasta de Deus, de nossa verdadeira essência divina, de nossa bondade e compaixão.

As pessoas pensam que alguém ou algo lhes provoca raiva, mas essa raiva já
existe dentro delas, é criada e mantida por elas.

Se você sente raiva, não pode culpar a ninguém a não ser você mesmo.

Aprenda a lidar com a raiva

É necessário aprender a lidar com a raiva e nos livrar de seus efeitos negativos
tanto físicos, mentais e espirituais.

Como o desejo está muito ligado à raiva, é importante quando sentimos raiva
perguntar a nós mesmos o que queremos desta situação que não estamos conseguindo.

Isto cria uma mudança em nosso foco.

E em vez de ficarmos presos na raiva, nós a observamos.

E logo depois, podemos perguntar a nós mesmos de que outra maneira podemos
conseguir o que queremos.

E podemos perceber que idéias alternativas surgem na mente e isto melhora nossa
frustração e diminui a raiva.

Existem pessoas que gostam de ficar com raiva.

Sentem satisfação, poder e liberdade quando têm explosões de raiva.

Acham que até aliviam as tensões, mas depois se culpam e lutam para controlar isso.

Ajudaria muito se elas entendessem que mesmo que possam sentir alívio no momento,
isto não funciona.

A raiva apenas escraviza, e é prejudicial tanto fisicamente, psicologicamente e
espiritualmente.

Porém existem momentos que a raiva é incontrolável e nem temos tempo de
nos fazer perguntas sobre o que queremos.

Nesses momentos, não é possível sentir desapego, ficamos presos completamente.

O que podemos fazer?

A melhor saída

A melhor saída é sair da situação, dar uma volta, se afastar do ambiente ou da
pessoa, tomar um copo de água, respirar algumas vezes profundamente, lembrar-se
de Deus, do mantra.

Depois quando nos acalmarmos, podemos voltar e lidar com o assunto de uma
maneira mais equilibrada, sem ofender e magoar os outros; sem nos desequilibrar.

Quando falamos de uma maneira tranqüila sem raiva, o outro pode até nos
entender e ouvir melhor, mas quando falamos com raiva só criamos mais conflitos
e desarmonia.

Para se afastar no momento da discussão ou apenas ficar calado até se acalmar
é necessário humildade.

Quando estamos com muita raiva, queremos que a outra pessoa admita que
está errada e isto é orgulho.

Esse orgulho impede que nos acalmemos.

Mas se você admitir que dissolver a raiva é mais importante do que provar
que o outro está errado, você sente a humildade que lhe liberta da tirania da raiva.

Todos os inimigos internos alimentam uns aos outros e se estamos presos no orgulho
é mais difícil lidar com a raiva.

A humildade nos ajuda a testemunhar o que está acontecendo dentro de nós.

Em vez de guardamos raiva por horas, ou dias, podemos largá-la logo e evitar
assim muitos momentos de sofrimento.

Basta não alimentarmos essa raiva, não remoendo e lembrando acontecimentos passados.

Se voltarmos nossa atenção para outras coisas e para o momento presente,
ficamos livres da raiva e podemos ter momentos felizes.

A raiva acumulada desde a infância gera a depressão que tira a alegria de viver.

Hoje em dia muitos médicos receitam remédios para depressão que podem
até aliviar um pouco os sintomas, mas enquanto a pessoa não for na causa
verdadeira da depressão, ela vai ficar sempre dependente e triste, pois depressão
é uma doença da alma.

Como diz a Bhagavad Gita, uma escritura do Yoga:

Aquele que é capaz de suportar, aqui na terra, a agitação que resulta do desejo
e da raiva, é disciplinado; ele é verdadeiramente um homem feliz.[5:23]

Cultive emoções positivas.

Porém não podemos nos libertar da raiva simplesmente suprimindo-a.

É necessário cultivar com constância os antídotos da raiva: a tolerância e a paciência.

Perceba em sua vida os efeitos benéficos da tolerância e da paciência e perceba
também os efeitos destrutivos e negativos da raiva, dos ressentimentos e mágoas.

Estas contemplação e conscientização vai lhe motivar a desenvolver esses
sentimentos de tolerância, paciência e aceitação além de fazer com que você
tenha mais cuidado em não alimentar pensamentos de raiva.

Para ficarmos livres desse inimigo interno tão destrutivo que surge de uma mente
 insatisfeita e descontente, é essencial gerar o contentamento interior, a gratidão
e o entusiasmo; cultivar a bondade, a benevolência e a compaixão.

Isto vai produzindo serenidade mental que impede a raiva de se manifestar.

A prática regular da meditação nos ajuda muito a dissolver a raiva e transformá-la
em paciência, aceitação, e o perdão surgirá espontaneamente.

Com o perdão podemos abandonar os sentimentos negativos associados
aos acontecimentos passados nos livrando das sensações de raiva e ressentimentos.
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Emilce Shrividya...

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