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sábado, 21 de abril de 2012

Quando a minha mente está calma...


Quando a minha mente está calma, eu acesso uma confiança que é descanso e proteção.

Uma fé genuína na preciosidade da vida. Sinto que tudo em mim se reorganiza, silenciosamente, o tempo todo.

Que isso tem mais a ver com o meu olhar, com a natureza das sementes que rego, do que eu possa perceber.

Minha expectativa, tantas vezes ansiosa, de que as coisas sejam diferentes, dá lugar à certeza tranqüila de que, naquele momento, tudo está onde pode estar.

Em vez de sofrer pelas modificações que ainda não consigo, eu me sinto grata pelas mudanças que já realizei. E relaxo.


Quando a minha mente está calma, eu acesso uma clareza que me permite sentir, com mais nitidez, que há uma sabedoria que abraça todas as coisas.

Que o tempo tem uma habilidade singular para reinventar nosso roteiro com a gente, toda vez que redefinimos o que, de verdade, nos importa.

Que há um contentamento perene no nosso coração.

Um espaço de alimento amoroso.

Uma fonte que buscamos raras vezes, acostumados a imaginar a felicidade somente fora de nós e a deslocá-la para distâncias onde não estamos.

Quando a minha mente está calma, os sentidos se expandem e me permitem refinar sensações e sentimentos.

Posso saborear mais detalhes do banquete que está sempre disponível, mesmo quando eu não o percebo.

Nesse lugar de calma e clareza, não há nada a desejar.

Nada a esperar.

Nada a buscar.

Nenhum lugar onde ir.

Eu me sinto sentada sob a sombra de uma árvore generosa, numa tarde azul sem pressa, os pássaros bordando o céu com o seu balé harmonioso.

O meu coração é pleno, nenhuma fome.

Plenitude não é extensão nem permanência: é quando a vida cabe no instante presente, sem aperto, e a gente desfruta o conforto de não sentir falta de nada...
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Ana Jácomo...

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