O jovem hipopótamo olha-se no espelho do lago e diz,
tristemente:
– Sou tão feio! Tenho a boca enorme, dentes separados,
uns olhos de choro, orelhas ridículas e um corpo… oh, um
corpo tão deselegante, tão desajeitado que nunca vou poder
dançar com ninguém.
O jovem elefante também se olha no espelho do lago e
diz, tristemente:
– Sou tão feio! Tenho uma tromba imensa, orelhas de
abano, olhinhos piscos e um corpo… oh, um corpo tão
trangalhadanças e descomunal que nunca vou poder jogar
às escondidas com ninguém.
Mas, quando o jovem hipopótamo, depois de,
tristemente, se ter mirado no espelho do lago, levantou a
cabeça, viu, na outra margem, uma jovem hipopótama.
– Que linda! – exclamou. – Tem uma boca grande e
expressiva, dentes bem implantados, uns olhos
enternecidos, orelhas mimosas e um corpo tão elegante que
apetece logo convidá-la para dançar.
Também o jovem elefante, depois de, tristemente, se ter
visto reflectido no espelho do lago, ao levantar a cabeça,
deparou com uma jovem elefanta, na outra margem.
– Que encantadora! – exclamou. – Tem uma tromba
ondulante, orelhas cheias e contentes, uns olhinhos
maliciosos e um corpo tão resplandecente de vida que
apetece logo pedir para jogar às escondidas com ela.
É de ficar por aqui.
A estas horas, o jovem elefante e o seu par jogam às
escondidas, correm, perseguem-se, riem, à beira do lago.
Que felizes que eles estão!
Estão eles e estamos nós. Até a Lua, bem redonda e
festiva, que sobe pela noite, se debruça lá do alto, para não
perder nem um pouco de perfume da Primavera, a
despontar na terra, nos animais, nas plantas, em tudo o que
é vida e anuncia a felicidade.
Autor: Antonio Torrado...
tristemente:
– Sou tão feio! Tenho a boca enorme, dentes separados,
uns olhos de choro, orelhas ridículas e um corpo… oh, um
corpo tão deselegante, tão desajeitado que nunca vou poder
dançar com ninguém.
O jovem elefante também se olha no espelho do lago e
diz, tristemente:
– Sou tão feio! Tenho uma tromba imensa, orelhas de
abano, olhinhos piscos e um corpo… oh, um corpo tão
trangalhadanças e descomunal que nunca vou poder jogar
às escondidas com ninguém.
Mas, quando o jovem hipopótamo, depois de,
tristemente, se ter mirado no espelho do lago, levantou a
cabeça, viu, na outra margem, uma jovem hipopótama.
– Que linda! – exclamou. – Tem uma boca grande e
expressiva, dentes bem implantados, uns olhos
enternecidos, orelhas mimosas e um corpo tão elegante que
apetece logo convidá-la para dançar.
Também o jovem elefante, depois de, tristemente, se ter
visto reflectido no espelho do lago, ao levantar a cabeça,
deparou com uma jovem elefanta, na outra margem.
– Que encantadora! – exclamou. – Tem uma tromba
ondulante, orelhas cheias e contentes, uns olhinhos
maliciosos e um corpo tão resplandecente de vida que
apetece logo pedir para jogar às escondidas com ela.
É de ficar por aqui.
A estas horas, o jovem elefante e o seu par jogam às
escondidas, correm, perseguem-se, riem, à beira do lago.
Que felizes que eles estão!
Estão eles e estamos nós. Até a Lua, bem redonda e
festiva, que sobe pela noite, se debruça lá do alto, para não
perder nem um pouco de perfume da Primavera, a
despontar na terra, nos animais, nas plantas, em tudo o que
é vida e anuncia a felicidade.
Autor: Antonio Torrado...
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