Pesquisar este blog

Meus Vídeos...

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Lua cheia...

O jovem hipopótamo olha-se no espelho do lago e diz,


tristemente:

– Sou tão feio! Tenho a boca enorme, dentes separados,

uns olhos de choro, orelhas ridículas e um corpo… oh, um

corpo tão deselegante, tão desajeitado que nunca vou poder

dançar com ninguém.

O jovem elefante também se olha no espelho do lago e

diz, tristemente:

– Sou tão feio! Tenho uma tromba imensa, orelhas de

abano, olhinhos piscos e um corpo… oh, um corpo tão

trangalhadanças e descomunal que nunca vou poder jogar

às escondidas com ninguém.

Mas, quando o jovem hipopótamo, depois de,

tristemente, se ter mirado no espelho do lago, levantou a

cabeça, viu, na outra margem, uma jovem hipopótama.

– Que linda! – exclamou. – Tem uma boca grande e

expressiva, dentes bem implantados, uns olhos

enternecidos, orelhas mimosas e um corpo tão elegante que

apetece logo convidá-la para dançar.

Também o jovem elefante, depois de, tristemente, se ter

visto reflectido no espelho do lago, ao levantar a cabeça,

deparou com uma jovem elefanta, na outra margem.

– Que encantadora! – exclamou. – Tem uma tromba

ondulante, orelhas cheias e contentes, uns olhinhos

maliciosos e um corpo tão resplandecente de vida que

apetece logo pedir para jogar às escondidas com ela.

É de ficar por aqui.

A estas horas, o jovem elefante e o seu par jogam às

escondidas, correm, perseguem-se, riem, à beira do lago.

Que felizes que eles estão!

Estão eles e estamos nós. Até a Lua, bem redonda e

festiva, que sobe pela noite, se debruça lá do alto, para não

perder nem um pouco de perfume da Primavera, a

despontar na terra, nos animais, nas plantas, em tudo o que

é vida e anuncia a felicidade.
 
 
Autor: Antonio Torrado...
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário