O compromisso de trabalho inclui o dever de associar-se a criatura ao esforço de equipe na obra a realizar.
*
Obediência digna tem o nome de obrigação cumprida no dicionário da realidade.
*
Quem executa com alegria as tarefas consideradas menores, espontaneamente se promove as tarefas consideradas maiores.
*
A câmara fotográfica nos retrata por fora, mas o trabalho nos retrata por dentro.
*
Quem escarnece da obra que lhe honorifica a existência, desprestigia a si mesmo.
*
Servir além do próprio dever não é bajular e sim entesourar apoio e experiência, simpatia e cooperação.
*
Na formação e complementação de qualquer trabalho, é preciso compreender para sermos compreendidos.
*
Quando o trabalhador converte o trabalho em alegria, o trabalho se transforma na alegria do trabalhador.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Sinal Verde. Ditado pelo Espírito André Luiz. 42a edição. CEC, 1996.
Pesquisar este blog
Meus Vídeos...
sábado, 30 de outubro de 2010
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Lembre-se...
Lembre-se sempre de que ser feliz não é ter um céu sem tempestades, caminhos sem acidentes, trabalhos sem fadigas, relacionamentos sem decepções. Ser feliz é encontrar força no perdão, esperança nas batalhas, segurança no palco do medo, amor nos desencontros.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no íntimo da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. É beijar os filhos, curtir os pais e ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós.
É ter maturidade para falar “eu errei”
É ter ousadia para dizer “me perdoe”.
É ter sensibilidade para expressar “eu preciso de você”.
É ter capacidade de dizer “eu te amo”.
Jesus deseja que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz...
Que nas suas primaveras você seja amante da alegria.
Que nos seus invernos você seja amigo da sabedoria.
E, quando você errar o caminho, recomece tudo de novo.
Pois assim você será cada vez mais apaixonado pela vida. E descobrirá que...
Ser feliz não é ter uma vida perfeita.
Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância.
Usar as perdas para refinar a paciência.
Usar as falhas para esculpir a serenidade.
Usar a dor para lapidar o prazer.
Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesmo.
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz.
Pois a vida é um espetáculo imperdível.
E você é um ser humano especial.
Augusto Cury.
Ser feliz não é apenas valorizar o sorriso, mas refletir sobre a tristeza. Não é apenas comemorar o sucesso, mas aprender lições nos fracassos. Não é apenas ter júbilo nos aplausos, mas encontrar alegria no anonimato.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver a vida, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é uma conquista de quem sabe viajar para dentro do seu próprio ser.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no íntimo da sua alma. É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos. É saber falar de si mesmo. É ter coragem para ouvir um “não”. É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta. É beijar os filhos, curtir os pais e ter momentos poéticos com os amigos, mesmo que eles nos magoem.
Ser feliz é deixar viver a criança livre, alegre e simples que mora dentro de cada um de nós.
É ter maturidade para falar “eu errei”
É ter ousadia para dizer “me perdoe”.
É ter sensibilidade para expressar “eu preciso de você”.
É ter capacidade de dizer “eu te amo”.
Jesus deseja que a vida se torne um canteiro de oportunidades para você ser feliz...
Que nas suas primaveras você seja amante da alegria.
Que nos seus invernos você seja amigo da sabedoria.
E, quando você errar o caminho, recomece tudo de novo.
Pois assim você será cada vez mais apaixonado pela vida. E descobrirá que...
Ser feliz não é ter uma vida perfeita.
Mas usar as lágrimas para irrigar a tolerância.
Usar as perdas para refinar a paciência.
Usar as falhas para esculpir a serenidade.
Usar a dor para lapidar o prazer.
Usar os obstáculos para abrir as janelas da inteligência.
Jamais desista de si mesmo.
Jamais desista das pessoas que você ama.
Jamais desista de ser feliz.
Pois a vida é um espetáculo imperdível.
E você é um ser humano especial.
Augusto Cury.
quinta-feira, 28 de outubro de 2010
ORAÇÃO DIANTE DA PALAVRA...
Senhor!
Deste-me a palavra por semente de luz.
Auxilia-me a cultivá-la.
Não me permitas envolvê-la na sombra que projeto.
Ensina-me a falar para que se faça o melhor.
Ajuda-me a lembrar o que deve ser dito e a lavar da memória tudo aquilo que a tua bondade espera se lance no esquecimento.
Onde a irritação me procure, induze-me ao silêncio, e, onde lavre o incêndio da incompreensão ou do ódio, dá que eu pronuncie a frase calmante que possa apagar o fogo da ira.
Em qualquer conversação, inspira-me o conceito certo que se ajuste à edificação do bem, no momento exato, e faze-me vigilante para que o mal não me use, em louvor da perturbação.
Não me deixes emudecer, diante da verdade, mas conserva-me em tua prudência, a fim de que eu saiba dosar a verdade, em amor, para que a compaixão e a esperança não esmoreçam junto de mim.
Traze-me o coração ao raciocínio, sincero sem aspereza, brando sem preguiça, fraterno sem exigência e deixa, Senhor, que a minha palavra te obedeça a vontade, hoje e sempre.
Espírito: MEIMEI
Médium: Francisco Cândido Xavier
Deste-me a palavra por semente de luz.
Auxilia-me a cultivá-la.
Não me permitas envolvê-la na sombra que projeto.
Ensina-me a falar para que se faça o melhor.
Ajuda-me a lembrar o que deve ser dito e a lavar da memória tudo aquilo que a tua bondade espera se lance no esquecimento.
Onde a irritação me procure, induze-me ao silêncio, e, onde lavre o incêndio da incompreensão ou do ódio, dá que eu pronuncie a frase calmante que possa apagar o fogo da ira.
Em qualquer conversação, inspira-me o conceito certo que se ajuste à edificação do bem, no momento exato, e faze-me vigilante para que o mal não me use, em louvor da perturbação.
Não me deixes emudecer, diante da verdade, mas conserva-me em tua prudência, a fim de que eu saiba dosar a verdade, em amor, para que a compaixão e a esperança não esmoreçam junto de mim.
Traze-me o coração ao raciocínio, sincero sem aspereza, brando sem preguiça, fraterno sem exigência e deixa, Senhor, que a minha palavra te obedeça a vontade, hoje e sempre.
Espírito: MEIMEI
Médium: Francisco Cândido Xavier
segunda-feira, 25 de outubro de 2010
A borboleta...
Trazendo uma borboleta,
Volta Alfredo para casa.
Como é linda! é toda preta,
Com listas douradas na asa.
Tonta, nas mãos de criança,
Batendo as asas, num susto,
Quer fugir, porfia, cansa,
E treme, e respira a custo.
Contente, o menino grita:
“É a primeira que apanho,
Mamãe! vê como é bonita!
Que cores e que tamanho!
Como voava no mato!
Vou sem demora pregá-la
Por baixo do meu retrato,
Numa parede da sala.”
Mas a mamãe, com carinho,
Lhe diz: “Que mal te fazia,
Meu filho, esse animalzinho,
Que livre e alegre vivia?
Solta essa pobre coitada!
Larga-lhe as asas, Alfredo!
Vê como treme assustada...
Vê como treme de medo...
Para sem pena espetá-la
Numa parede, menino,
É necessário matá-la:
Queres ser um assassino?”
Pensa Alfredo... E, de repente,
Solta a borboleta... E ela
Abre as asas livremente,
E foge pela janela.
“Assim, meu filho! perdeste
A borboleta dourada,
Porém na estima crescente
De tua mãe adorada...
Que cada um cumpra a sorte
Das mãos de Deus recebida:
Pois só pode dar a Morte
Aquele que dá a Vida.”
Olavo Bilac - Contos Infantis.
Volta Alfredo para casa.
Como é linda! é toda preta,
Com listas douradas na asa.
Tonta, nas mãos de criança,
Batendo as asas, num susto,
Quer fugir, porfia, cansa,
E treme, e respira a custo.
Contente, o menino grita:
“É a primeira que apanho,
Mamãe! vê como é bonita!
Que cores e que tamanho!
Como voava no mato!
Vou sem demora pregá-la
Por baixo do meu retrato,
Numa parede da sala.”
Mas a mamãe, com carinho,
Lhe diz: “Que mal te fazia,
Meu filho, esse animalzinho,
Que livre e alegre vivia?
Solta essa pobre coitada!
Larga-lhe as asas, Alfredo!
Vê como treme assustada...
Vê como treme de medo...
Para sem pena espetá-la
Numa parede, menino,
É necessário matá-la:
Queres ser um assassino?”
Pensa Alfredo... E, de repente,
Solta a borboleta... E ela
Abre as asas livremente,
E foge pela janela.
“Assim, meu filho! perdeste
A borboleta dourada,
Porém na estima crescente
De tua mãe adorada...
Que cada um cumpra a sorte
Das mãos de Deus recebida:
Pois só pode dar a Morte
Aquele que dá a Vida.”
Olavo Bilac - Contos Infantis.
Pais e Filhos ...
“A ingratidão é um dos frutos mais diretos do egoísmo. Revolta sempre os corações honestos. Mas, a dos filhos para com os pais apresenta caráter ainda mais odioso.” Do item 9, do Cáp. XIV, de “O evangelho segundo o espiritismo”
Trazida a reencarnação para os alicerce dos fenômenos sócios-domésticos, não é somente a relação de pais para filhos que assume caráter de importância, mas igualmente a que se verifica dos filhos para com os pais.
Os filhos não pertencem aos pais; entretanto, de igual modo, os pais não pertencem aos filhos.
Os genitores devem especial consideração aos próprios rebentos, mas o dever funciona bilateralmente, de vez que os rebentos do grupo familiar devem aos genitores particular atenção. Existem pais que agridem os filhos e tentam escravizá-los, qual se lhes fossem objeto de propriedade exclusiva; todavia, encontramos, na mesma ordem de freqüência, filhos que agridem os pais e buscam escravizá-los, como se os progenitores lhes constituíssem alimárias domésticas.
A reencarnação traça rumos nítidos ao mútuo respeito que nos compete de uns para com os outros.
Entre pais e filhos, há naturalmente uma fronteira de apreço recíproco, que não se pode ultrapassar, em nome do amor, sem que o egoísmo apareça, conturbando-lhes a existência.
Justo que os pais não interfiram no futuro dos filhos, tanto quanto justo que os filhos não interfiram no passado dos pais.
Os pais não conseguem penetrar, de imediato, a trama do destino que os princípios cármicos lhes reservam aos filhos, no porvir, e os filhos estão inabilitados a compreender, de pronto, o enredo das circunstâncias em que se mergulharam seus pais, no pretérito, a fim de que pudessem volver, do Plano Espiritual ao renascimento no Plano Físico. Unicamente no mundo das causas, após a desencarnação, ser-lhes-á possível o entendimento claro, acerca dos vínculos em que se imanizam. Invoque-se, à visto disso, o auxílio de religiosos, professores, filósofos, e psicólogos, a fim de que a excessiva agressividade filial não atinja as raias da perversidade ou da delinqüência para com os pais e nem a excessiva autoridade dos pais venha a violentar os filhos, em nome de extemporânea ou cruel desvinculação.
Nunca é lícito o desprezo dos pais para com os filhos e vice-versa.
Não configuramos no assunto qualquer aspecto lírico na temática afetiva. Apresentamos, sumariamente, princípios básicos do Universo.
A existência terrestre é muito importante no progresso e no aperfeiçoamento do Espírito; no entanto, ao mesmo tempo, é simples estágio da criatura eterna no educandário da experiência física, à maneira de estudante no internato.
Os pais lembram alunos, em condições mais avançadas de tempo, no currículo de lições, ao passo que os filhos recordam aprendizes iniciantes, quando surgem na arena de serviço terrestre, com acesso na escola, sob o patrocínio dos companheiros que os antecederam, por ordem de matrícula e aceitação. E que os filhos jamais acusem os pais pelo curso complexo ou difícil em que se vejam no colégio da existência humana, porquanto, na maioria das ocasiões, foram eles mesmos, os filhos, que, na condição de Espíritos desencarnados, insistiram com os pais, através de afetuoso constrangimento ou suave processo obsessivo, para que os trouxessem, de novo, à oficina de valores físicos, de cujos instrumentos se mostravam carecedores, a fim de seguirem rumo correto, no encalço da própria emancipação.
Emmanuel
Livro: Vida e Sexo – Francisco Cândido Xavier
Trazida a reencarnação para os alicerce dos fenômenos sócios-domésticos, não é somente a relação de pais para filhos que assume caráter de importância, mas igualmente a que se verifica dos filhos para com os pais.
Os filhos não pertencem aos pais; entretanto, de igual modo, os pais não pertencem aos filhos.
Os genitores devem especial consideração aos próprios rebentos, mas o dever funciona bilateralmente, de vez que os rebentos do grupo familiar devem aos genitores particular atenção. Existem pais que agridem os filhos e tentam escravizá-los, qual se lhes fossem objeto de propriedade exclusiva; todavia, encontramos, na mesma ordem de freqüência, filhos que agridem os pais e buscam escravizá-los, como se os progenitores lhes constituíssem alimárias domésticas.
A reencarnação traça rumos nítidos ao mútuo respeito que nos compete de uns para com os outros.
Entre pais e filhos, há naturalmente uma fronteira de apreço recíproco, que não se pode ultrapassar, em nome do amor, sem que o egoísmo apareça, conturbando-lhes a existência.
Justo que os pais não interfiram no futuro dos filhos, tanto quanto justo que os filhos não interfiram no passado dos pais.
Os pais não conseguem penetrar, de imediato, a trama do destino que os princípios cármicos lhes reservam aos filhos, no porvir, e os filhos estão inabilitados a compreender, de pronto, o enredo das circunstâncias em que se mergulharam seus pais, no pretérito, a fim de que pudessem volver, do Plano Espiritual ao renascimento no Plano Físico. Unicamente no mundo das causas, após a desencarnação, ser-lhes-á possível o entendimento claro, acerca dos vínculos em que se imanizam. Invoque-se, à visto disso, o auxílio de religiosos, professores, filósofos, e psicólogos, a fim de que a excessiva agressividade filial não atinja as raias da perversidade ou da delinqüência para com os pais e nem a excessiva autoridade dos pais venha a violentar os filhos, em nome de extemporânea ou cruel desvinculação.
Nunca é lícito o desprezo dos pais para com os filhos e vice-versa.
Não configuramos no assunto qualquer aspecto lírico na temática afetiva. Apresentamos, sumariamente, princípios básicos do Universo.
A existência terrestre é muito importante no progresso e no aperfeiçoamento do Espírito; no entanto, ao mesmo tempo, é simples estágio da criatura eterna no educandário da experiência física, à maneira de estudante no internato.
Os pais lembram alunos, em condições mais avançadas de tempo, no currículo de lições, ao passo que os filhos recordam aprendizes iniciantes, quando surgem na arena de serviço terrestre, com acesso na escola, sob o patrocínio dos companheiros que os antecederam, por ordem de matrícula e aceitação. E que os filhos jamais acusem os pais pelo curso complexo ou difícil em que se vejam no colégio da existência humana, porquanto, na maioria das ocasiões, foram eles mesmos, os filhos, que, na condição de Espíritos desencarnados, insistiram com os pais, através de afetuoso constrangimento ou suave processo obsessivo, para que os trouxessem, de novo, à oficina de valores físicos, de cujos instrumentos se mostravam carecedores, a fim de seguirem rumo correto, no encalço da própria emancipação.
Emmanuel
Livro: Vida e Sexo – Francisco Cândido Xavier
domingo, 24 de outubro de 2010
Brinquedo...
Inventei um certo dia
Um brinquedo interessante
Para que os meus dias
Ficassem mais cheios de gente.
É um brinquedo mudo
Que diz tudo sem falar...
E que a gente tem vontade
De continuar a brincar!!!
Olho pessoas à distância
De mansinho... Bem mansinho...
Imagino o que elas sentem...
Se amam, o que fazem...
Se são felizes ou não.
São olhadas silenciosas...
Como se olhasse para a lua,
Um pedacinho da aurora...
Pétalas de rosas... Girassóis!!!
Ninguém entende ou percebe
Esta conversa tão muda...
De corações a gritar...
Eu entendo bem os segredos dos silêncios...
Que vem da Alma ou dos sentimentos
Que vêm e vão ao olhar...
Os vocábulos da tristeza ou da alegria a rolar...
Os olhos falam em pontinhos repetidos...
Dentro de nós... Bem lá dentro
No coração... E na alma a bailar!!!
Quando o brinquedo se interrompe
Fica, apenas, na memória.
O que meus olhos gravaram de angústias,
Desejos, alegrias ou o que seja...
È uma forma estranha eu sei
De brincadeira bem séria
Mas é uma forma que encontrei...
De brincar sempre... E pensar...
Que não estou sozinha em nenhum lugar!!!
Marineide Miranda.
Um brinquedo interessante
Para que os meus dias
Ficassem mais cheios de gente.
É um brinquedo mudo
Que diz tudo sem falar...
E que a gente tem vontade
De continuar a brincar!!!
Olho pessoas à distância
De mansinho... Bem mansinho...
Imagino o que elas sentem...
Se amam, o que fazem...
Se são felizes ou não.
São olhadas silenciosas...
Como se olhasse para a lua,
Um pedacinho da aurora...
Pétalas de rosas... Girassóis!!!
Ninguém entende ou percebe
Esta conversa tão muda...
De corações a gritar...
Eu entendo bem os segredos dos silêncios...
Que vem da Alma ou dos sentimentos
Que vêm e vão ao olhar...
Os vocábulos da tristeza ou da alegria a rolar...
Os olhos falam em pontinhos repetidos...
Dentro de nós... Bem lá dentro
No coração... E na alma a bailar!!!
Quando o brinquedo se interrompe
Fica, apenas, na memória.
O que meus olhos gravaram de angústias,
Desejos, alegrias ou o que seja...
È uma forma estranha eu sei
De brincadeira bem séria
Mas é uma forma que encontrei...
De brincar sempre... E pensar...
Que não estou sozinha em nenhum lugar!!!
Marineide Miranda.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Beleza...
Quão sugestiva é a beleza!
As tantas que nosso mundo contém.
Curvemo-nos ante à natureza
À perfeição que toda ela contém.
Atente para a beleza das flores
E, por sua imensa variedade.
Servem para marcar nossas dores
E, também nossa felicidade.
E a sonoridade dos passarinhos
E, o colorido de sua plumagem,
Muito alegram os nossos caminhos,
Dão a este mundo uma linda imagem.
Mas o mais importante entretanto,
É bem saber tudo isto apreciar.
É poder admirar, enquanto
Se é dono da capacidade de amar.
15/10/96 Jacira Granato Cunha San Martim
As tantas que nosso mundo contém.
Curvemo-nos ante à natureza
À perfeição que toda ela contém.
Atente para a beleza das flores
E, por sua imensa variedade.
Servem para marcar nossas dores
E, também nossa felicidade.
E a sonoridade dos passarinhos
E, o colorido de sua plumagem,
Muito alegram os nossos caminhos,
Dão a este mundo uma linda imagem.
Mas o mais importante entretanto,
É bem saber tudo isto apreciar.
É poder admirar, enquanto
Se é dono da capacidade de amar.
15/10/96 Jacira Granato Cunha San Martim
Ausência...
Tente se livrar de suas tristezas
E ater-se mais às belezas do mundo,
Onde se pode realizar proezas
E experienciar um viver profundo.
Viver voltado para o conhecimento,
Buscando muitos segredos do desvendar.
Até os segredos do sentimento
Que as vezes tanto fica a nos machucar.
Principalmente o da ausência
De seres, que nos foram tão queridos,
Que nos velaram com paciência
Em tempos passados, em tempos idos.
Mas, por eles procure não chorar,
Pois a ausência não lhe impede de os amar.
04/07/95 Júlio
E ater-se mais às belezas do mundo,
Onde se pode realizar proezas
E experienciar um viver profundo.
Viver voltado para o conhecimento,
Buscando muitos segredos do desvendar.
Até os segredos do sentimento
Que as vezes tanto fica a nos machucar.
Principalmente o da ausência
De seres, que nos foram tão queridos,
Que nos velaram com paciência
Em tempos passados, em tempos idos.
Mas, por eles procure não chorar,
Pois a ausência não lhe impede de os amar.
04/07/95 Júlio
quarta-feira, 20 de outubro de 2010
Dias de Horror...
Quando as nossas portas precisarem ser trancadas com segurança especial e nossas casas necessitarem de sofisticados sistemas de alarme, é possível que já não estejamos confiando em nossas defesas espirituais.
Quando não mais pudermos oferecer o conforto do nosso automóvel para o transporte de um irmão ainda não conhecido;
Quando ofertarmos o prato de comida à criança com fome, mas não a convidarmos para sentar à mesa;
Quando recearmos sair à rua a determinadas horas da noite ou evitarmos lugares ermos, prevenindo-nos da surpresa de sermos assaltados ou agredidos;
Quando a desconfiança nortear nossos pensamentos na interpretação precipitada dos comentários dos semelhantes;
Quando precisarmos enfrentar a tristeza de mostrar aos nossos filhos que a vida fora do nosso lar não corresponde às lições de amor por nós ministradas, pois eles já conseguem identificar a violência da qual ainda não comentamos;
Na verdade, é que já estaremos vivendo dias de horror.
Por isso, quaisquer que sejam os acontecimentos a prenunciarem mudanças dolorosas para a humanidade, haveremos primeiro que lembrar do futuro feliz que nos aguarda, com lares de portas abertas, ruas com árvores frondosas, população fraternal, trabalho sem escravização, enfim, humanidade feliz.
Aguardemos o futuro com confiança, e que o Pai nos abençoe.
Marcos Novaes.
Mensagem psicografada, recebida em 18 de Abril de 1994, por médium do Grupo de Estudos Ramatis
Quando não mais pudermos oferecer o conforto do nosso automóvel para o transporte de um irmão ainda não conhecido;
Quando ofertarmos o prato de comida à criança com fome, mas não a convidarmos para sentar à mesa;
Quando recearmos sair à rua a determinadas horas da noite ou evitarmos lugares ermos, prevenindo-nos da surpresa de sermos assaltados ou agredidos;
Quando a desconfiança nortear nossos pensamentos na interpretação precipitada dos comentários dos semelhantes;
Quando precisarmos enfrentar a tristeza de mostrar aos nossos filhos que a vida fora do nosso lar não corresponde às lições de amor por nós ministradas, pois eles já conseguem identificar a violência da qual ainda não comentamos;
Na verdade, é que já estaremos vivendo dias de horror.
Por isso, quaisquer que sejam os acontecimentos a prenunciarem mudanças dolorosas para a humanidade, haveremos primeiro que lembrar do futuro feliz que nos aguarda, com lares de portas abertas, ruas com árvores frondosas, população fraternal, trabalho sem escravização, enfim, humanidade feliz.
Aguardemos o futuro com confiança, e que o Pai nos abençoe.
Marcos Novaes.
Mensagem psicografada, recebida em 18 de Abril de 1994, por médium do Grupo de Estudos Ramatis
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Aparências Não Edificam...
Não te iludas, filho Meu, com teus ardores,
Porque eles, quero dizer-te, não têm valores;
De tanto bater no peito, por falsas aparências,
Nada sabes de Amor e de Verdade, dessas excelências.
Curvado que és, aos aranzéis do exteriorismo,
Tudo pareces fora, mas por dentro és mediocrismo;
De fazer ginásticas tolas, idólatras, estás eivado,
E das práticas do Bem, que livra, muito estás afastado.
Tens a aparência de quem acredita em Mim...
Porém outra é a direção em que caminhas, o fim...
Pois não quero fingimentos, não preciso de altares,
Porque Eu Sou Onisciente, e Minhas leis não têm similares.
Não Me faças ofertas tolas, fingidas assim,
Não te curves diante de homens, barro ou marfim...
Não Me rebusques cá ou lá, vê que sou Onipresente,
E nem preciso de avisos, porque Sou o Espírito Onisciente.
Vive antes em Meus Caminhos, observa a Lei...
Imita aquele Divino Modelo, o Cristo que enviei...
Anda o mundo a fora, a fazer o Bem aos teus irmãos,
E Eu Me alegrarei em ti, pondo a Fortaleza em tuas mãos!
Porém se continuares todo em fingimento...
Julgando-Me distante, e precisando desse tento...
E assim deixares a Verdade e o Bem, fazendo simulações,
Em Justiça virei a ti, para dar-te lágrimas e mais aflições.
Lembra-te que Minha Casa é o Todo Infinito...
E Minha Onipotência dispensa a qualquer requisito;
Se queres ser Meu fiel servidor, basta que sejas decente,
Amando ao teu próximo, aquele filho Meu, o coletivo parente.
Quanto ao mais, procura-Me no teu coração...
Usa-Me em tua Mente, fazendo o Bem de roldão...
Nunca mais fabriques simulações e ritos religiosos,
Porque fora do Bem e do Bom, todos os cultos são capciosos.
OSVALDO POLIDORO.
Porque eles, quero dizer-te, não têm valores;
De tanto bater no peito, por falsas aparências,
Nada sabes de Amor e de Verdade, dessas excelências.
Curvado que és, aos aranzéis do exteriorismo,
Tudo pareces fora, mas por dentro és mediocrismo;
De fazer ginásticas tolas, idólatras, estás eivado,
E das práticas do Bem, que livra, muito estás afastado.
Tens a aparência de quem acredita em Mim...
Porém outra é a direção em que caminhas, o fim...
Pois não quero fingimentos, não preciso de altares,
Porque Eu Sou Onisciente, e Minhas leis não têm similares.
Não Me faças ofertas tolas, fingidas assim,
Não te curves diante de homens, barro ou marfim...
Não Me rebusques cá ou lá, vê que sou Onipresente,
E nem preciso de avisos, porque Sou o Espírito Onisciente.
Vive antes em Meus Caminhos, observa a Lei...
Imita aquele Divino Modelo, o Cristo que enviei...
Anda o mundo a fora, a fazer o Bem aos teus irmãos,
E Eu Me alegrarei em ti, pondo a Fortaleza em tuas mãos!
Porém se continuares todo em fingimento...
Julgando-Me distante, e precisando desse tento...
E assim deixares a Verdade e o Bem, fazendo simulações,
Em Justiça virei a ti, para dar-te lágrimas e mais aflições.
Lembra-te que Minha Casa é o Todo Infinito...
E Minha Onipotência dispensa a qualquer requisito;
Se queres ser Meu fiel servidor, basta que sejas decente,
Amando ao teu próximo, aquele filho Meu, o coletivo parente.
Quanto ao mais, procura-Me no teu coração...
Usa-Me em tua Mente, fazendo o Bem de roldão...
Nunca mais fabriques simulações e ritos religiosos,
Porque fora do Bem e do Bom, todos os cultos são capciosos.
OSVALDO POLIDORO.
domingo, 17 de outubro de 2010
Coragem...
Ausência de medo significa fé em Deus: fé na Sua proteção, na Sua justiça, na Sua sabedoria, na Sua misericórdia, no Seu amor e na Sua onipresença... Para alcançar a Autorrealização, o homem tem que estar livre de medos.
Paramahansa Yogananda, "God Talks With Arjuna - The Bhagavad Gîta"
Paramahansa Yogananda, "God Talks With Arjuna - The Bhagavad Gîta"
Uma história de amor...
Era uma vez uma ilha onde moravam os sentimentos: a ALEGRIA, a TRISTEZA, a SABEDORIA e todos os sentimentos, por fim o AMOR.
Mas um dia, foi avisado aos namorados que a ilha iria afundar. Todos os sentimentos se apressaram para sair da ilha, pegaram os seus barcos e partiram.
Mas o AMOR ficou, pois queria ficar mais um pouco com a ilha , antes que ela afundasse. Quando por fim, estava se afogando, o AMOR começou a pedir ajuda.
Nesse momento, estava passando a RIQUEZA em lindo barco e o AMOR disse:
- RIQUEZA, leva-me com você?
- Não posso . Há muito ouro e prata no meu barco. Não há lugar para você.
Então, pediu ajuda à VAIDADE que também vinha passando:
- VAIDADE por favor me ajude!
- Não posso ajudar, AMOR, você está todo molhado e poderia estragar todo meu barco.
Veio passando a TRISTEZA e o AMOR pediu ajuda:
- TRISTEZA, deixe-me ir com você?
- Ah!... AMOR, estou tão triste que prefiro ir sozinha!
- Também passou a ALEGRIA, mas ela estava tão alegre que nem viu o AMOR chamar.
- Venha AMOR, eu levo você!
- Era um velhinho.
- O AMOR, ficou tão feliz que se esqueceu de perguntar o seu nome. Chegando do outro lado do morro, ele perguntou á SABEDORIA:
- SABEDORIA, quem era aquele velhinho que me trouxe aqui?
- Era o TEMPO.
- O TEMPO? Mas por que o TEMPO me trouxe?
- Porque somente o TEMPO é capaz de entender um grande amor
Mas um dia, foi avisado aos namorados que a ilha iria afundar. Todos os sentimentos se apressaram para sair da ilha, pegaram os seus barcos e partiram.
Mas o AMOR ficou, pois queria ficar mais um pouco com a ilha , antes que ela afundasse. Quando por fim, estava se afogando, o AMOR começou a pedir ajuda.
Nesse momento, estava passando a RIQUEZA em lindo barco e o AMOR disse:
- RIQUEZA, leva-me com você?
- Não posso . Há muito ouro e prata no meu barco. Não há lugar para você.
Então, pediu ajuda à VAIDADE que também vinha passando:
- VAIDADE por favor me ajude!
- Não posso ajudar, AMOR, você está todo molhado e poderia estragar todo meu barco.
Veio passando a TRISTEZA e o AMOR pediu ajuda:
- TRISTEZA, deixe-me ir com você?
- Ah!... AMOR, estou tão triste que prefiro ir sozinha!
- Também passou a ALEGRIA, mas ela estava tão alegre que nem viu o AMOR chamar.
- Venha AMOR, eu levo você!
- Era um velhinho.
- O AMOR, ficou tão feliz que se esqueceu de perguntar o seu nome. Chegando do outro lado do morro, ele perguntou á SABEDORIA:
- SABEDORIA, quem era aquele velhinho que me trouxe aqui?
- Era o TEMPO.
- O TEMPO? Mas por que o TEMPO me trouxe?
- Porque somente o TEMPO é capaz de entender um grande amor
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Você e o Outro...
Você é o lavrador.
O outro é o campo.
Você planta.
O outro produz.
Você é o celeiro.
O outro é o cliente.
Você fornece.
O outro adquire.
Você é o ator.
O outro é o público.
Você representa.
O outro observa.
Você é a palavra.
O outro é o microfone.
Você fala.
O outro transmite.
Você é o artista.
O outro é o instrumento.
Você toca.
O outro responde.
Você é a paisagem,
O outro é a objetiva.
Você surge.
O outro fotografa.
Você é o acontecimento.
O outro é a noticia
Você age.
O outro conta.
Auxilie quanto puder.
Faça o bem sem olhar a quem.
Voce é o desejo de seguir para Deus.
Mas, entre Deus e você, o próximo é a ponte.
O criador atende às criaturas, através das criaturas.
É por isso que a oração é você, mas o seu merecimento está nos outros.
Espírito: ANDRÉ LUIZ
Médium: Francisco Cândido Xavier
O outro é o campo.
Você planta.
O outro produz.
Você é o celeiro.
O outro é o cliente.
Você fornece.
O outro adquire.
Você é o ator.
O outro é o público.
Você representa.
O outro observa.
Você é a palavra.
O outro é o microfone.
Você fala.
O outro transmite.
Você é o artista.
O outro é o instrumento.
Você toca.
O outro responde.
Você é a paisagem,
O outro é a objetiva.
Você surge.
O outro fotografa.
Você é o acontecimento.
O outro é a noticia
Você age.
O outro conta.
Auxilie quanto puder.
Faça o bem sem olhar a quem.
Voce é o desejo de seguir para Deus.
Mas, entre Deus e você, o próximo é a ponte.
O criador atende às criaturas, através das criaturas.
É por isso que a oração é você, mas o seu merecimento está nos outros.
Espírito: ANDRÉ LUIZ
Médium: Francisco Cândido Xavier
O Pássaro Cativo...
Armas, num galho de árvore, o alçapão;
E, em breve, uma avezinha descuidada,
Batendo as asas cai na escravidão.
Dás-lhe então, por esplêndida morada,
A gaiola dourada;
Dás-lhe alpiste, e água fresca, e ovos, e tudo:
Porque é que, tendo tudo, há de ficar
O passarinho mudo,
Arrepiado e triste, sem cantar?
É que, crença, os pássaros não falam.
Só gorjeando a sua dor exalam,
Sem que os homens os possam entender;
Se os pássaros falassem,
Talvez os teus ouvidos escutassem
Este cativo pássaro dizer:
“Não quero o teu alpiste!
Gosto mais do alimento que procuro
Na mata livre em que a voar me viste;
Tenho água fresca num recanto escuro
Da selva em que nasci;
Da mata entre os verdores,
Tenho frutos e flores,
Sem precisar de ti!
Não quero a tua esplêndida gaiola!
Pois nenhuma riqueza me consola
De haver perdido aquilo que perdi...
Prefiro o ninho humilde, construído
De folhas secas, plácido, e escondido
Entre os galhos das árvores amigas...
Solta-me ao vento e ao sol!
Com que direito à escravidão me obrigas?
Quero saudar as pompas do arrebol!
Quero, ao cair da tarde,
Entoar minhas tristíssimas cantigas!
Por que me prendes? Solta-me covarde!
Deus me deu por gaiola a imensidade:
Não me roubes a minha liberdade...
Quero voar! voar!...”
Estas coisas o pássaro diria,
Se pudesse falar.
E a tua alma, criança, tremeria,
Vendo tanta aflição:
E a tua mão tremendo, lhe abriria
A porta da prisão...
Bilac, Olavo. Poesias Infantis. RJ: Francisco Alves. 1929
E, em breve, uma avezinha descuidada,
Batendo as asas cai na escravidão.
Dás-lhe então, por esplêndida morada,
A gaiola dourada;
Dás-lhe alpiste, e água fresca, e ovos, e tudo:
Porque é que, tendo tudo, há de ficar
O passarinho mudo,
Arrepiado e triste, sem cantar?
É que, crença, os pássaros não falam.
Só gorjeando a sua dor exalam,
Sem que os homens os possam entender;
Se os pássaros falassem,
Talvez os teus ouvidos escutassem
Este cativo pássaro dizer:
“Não quero o teu alpiste!
Gosto mais do alimento que procuro
Na mata livre em que a voar me viste;
Tenho água fresca num recanto escuro
Da selva em que nasci;
Da mata entre os verdores,
Tenho frutos e flores,
Sem precisar de ti!
Não quero a tua esplêndida gaiola!
Pois nenhuma riqueza me consola
De haver perdido aquilo que perdi...
Prefiro o ninho humilde, construído
De folhas secas, plácido, e escondido
Entre os galhos das árvores amigas...
Solta-me ao vento e ao sol!
Com que direito à escravidão me obrigas?
Quero saudar as pompas do arrebol!
Quero, ao cair da tarde,
Entoar minhas tristíssimas cantigas!
Por que me prendes? Solta-me covarde!
Deus me deu por gaiola a imensidade:
Não me roubes a minha liberdade...
Quero voar! voar!...”
Estas coisas o pássaro diria,
Se pudesse falar.
E a tua alma, criança, tremeria,
Vendo tanta aflição:
E a tua mão tremendo, lhe abriria
A porta da prisão...
Bilac, Olavo. Poesias Infantis. RJ: Francisco Alves. 1929
quarta-feira, 13 de outubro de 2010
Algemas...
Apesar de livres na vida,
Não sabemos encontrar
A razão da tristeza,
Que sob o véu da incerteza,
Nos faz renunciar.
Tentamos avançar,
Deslocar o obstáculo,
Mas a falta de coragem
Nos detém em cada passo.
É como numa viagem
Onde estacionamos a vontade,
Deixando que o tempo
Carregue a oportunidade.
De crescermos e sermos felizes,
Alcançando um novo mundo,
Mudando a nossa visão
Impulsionados pela razão
Que vem lá do fundo.
Da alma em silêncio
Trabalhando o nosso ser,
Tirando as algemas
De nosso padecer.
Paulo Mendes Correa.
Não sabemos encontrar
A razão da tristeza,
Que sob o véu da incerteza,
Nos faz renunciar.
Tentamos avançar,
Deslocar o obstáculo,
Mas a falta de coragem
Nos detém em cada passo.
É como numa viagem
Onde estacionamos a vontade,
Deixando que o tempo
Carregue a oportunidade.
De crescermos e sermos felizes,
Alcançando um novo mundo,
Mudando a nossa visão
Impulsionados pela razão
Que vem lá do fundo.
Da alma em silêncio
Trabalhando o nosso ser,
Tirando as algemas
De nosso padecer.
Paulo Mendes Correa.
terça-feira, 12 de outubro de 2010
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
domingo, 10 de outubro de 2010
Linda Mulher...
Uma vez uma amiga me disse: que meninas boazinhas colecionavam elogios e presentes.
mas que ela colecionava bolinhas de gude e cicatrizes.
E hoje depois de algum tempo, enquanto algumas esperam viver um conto de fadas
Ela já beijou o príncipe que virou sapo, construiu castelos para morar sozinha,
despediu a fada madrinha e decidiu viver com o "lobo",
ouviu várias histórias mas resolveu escrever a dela.
Hoje é uma linda Mulher....
lucas...
Sobre um grito...
Talvez somente um grito
fosse o nescessário para
que eu pusesse um pouco
do que sinto pra fora.
Hoje eu quase gritei...
fosse o nescessário para
que eu pusesse um pouco
do que sinto pra fora.
Hoje eu quase gritei...
sexta-feira, 8 de outubro de 2010
Vida Passageira...
Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é passageira, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes.
Muitas flores são colhidas cedo demais.
Algumas, mesmo ainda em botão.
Há sementes que nunca brotam e há aquelas flores que vivem a vida inteira até que, pétala por pétala, tranqüilas, vividas, se entregam ao vento.
Mas a gente não sabe adivinhar.
A gente não sabe por quanto tempo estará enfeitando esse Éden e tampouco aquelas flores que foram plantadas ao nosso redor.
E descuidamos. Cuidamos pouco. De nós, dos outros.
Entristecemos-nos por coisas pequenas e perdemos minutos e horas preciosos.
Perdemos dias, às vezes anos.
Calamos-nos quando deveríamos falar; falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio.
Não damos o abraço que tanto nossa alma pede porque algo em nós impede essa aproximação.
Não damos um beijo carinhoso “porque não estamos acostumados com isso” e não dizemos que gostamos porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos.
E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e adormece e continuamos os mesmos, fechados em nós.
Reclamamos do que não temos, ou achamos que não temos suficiente.
Cobramos. Dos outros. Da vida. De nós mesmos. Consumimos-nos.
Costumamos comparar nossas vidas com as daqueles que possuem mais que a gente.
E se experimentássemos comparar com aqueles que possuem menos?
Isso faria uma grande diferença. E o tempo passa...
Passamos pela vida, não vivemos. Sobrevivemos, porque não sabemos fazer outra coisa.
Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos pra trás. E então nos perguntamos: E agora?
Agora, hoje, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa, de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer pelo que temos.
Nunca se é velho demais ou jovem demais para amar, dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso.
Não olhe para trás. O que passou, passou.
O que perdemos, perdemos.
Olhe para frente! Ainda é tempo de apreciar as flores que estão inteiras ao nosso redor.
Ainda é tempo de voltar-se para Deus e agradecer pela vida, que mesmo passageira, ainda está em nós.
Muitas flores são colhidas cedo demais.
Algumas, mesmo ainda em botão.
Há sementes que nunca brotam e há aquelas flores que vivem a vida inteira até que, pétala por pétala, tranqüilas, vividas, se entregam ao vento.
Mas a gente não sabe adivinhar.
A gente não sabe por quanto tempo estará enfeitando esse Éden e tampouco aquelas flores que foram plantadas ao nosso redor.
E descuidamos. Cuidamos pouco. De nós, dos outros.
Entristecemos-nos por coisas pequenas e perdemos minutos e horas preciosos.
Perdemos dias, às vezes anos.
Calamos-nos quando deveríamos falar; falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio.
Não damos o abraço que tanto nossa alma pede porque algo em nós impede essa aproximação.
Não damos um beijo carinhoso “porque não estamos acostumados com isso” e não dizemos que gostamos porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos.
E passa a noite e chega o dia, o sol nasce e adormece e continuamos os mesmos, fechados em nós.
Reclamamos do que não temos, ou achamos que não temos suficiente.
Cobramos. Dos outros. Da vida. De nós mesmos. Consumimos-nos.
Costumamos comparar nossas vidas com as daqueles que possuem mais que a gente.
E se experimentássemos comparar com aqueles que possuem menos?
Isso faria uma grande diferença. E o tempo passa...
Passamos pela vida, não vivemos. Sobrevivemos, porque não sabemos fazer outra coisa.
Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos pra trás. E então nos perguntamos: E agora?
Agora, hoje, ainda é tempo de reconstruir alguma coisa, de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer pelo que temos.
Nunca se é velho demais ou jovem demais para amar, dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso.
Não olhe para trás. O que passou, passou.
O que perdemos, perdemos.
Olhe para frente! Ainda é tempo de apreciar as flores que estão inteiras ao nosso redor.
Ainda é tempo de voltar-se para Deus e agradecer pela vida, que mesmo passageira, ainda está em nós.
Pense!... Não o perca mais!...
Quase...
Um pouco mais de sol – eu era brasa,
Um pouco mais de azul – eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
Assombro ou paz? Em vão... Tudo esvaído
Num baixo mar enganador de espuma;
E o grande sonho despertado em bruma,
O grande sonho – ó dor! – quase vivido...
Quase o amor, quase o triunfo e a chama,
Quase o princípio e o fim – quase a expansão...
Mas na minh’alma tudo se derrama...
Entanto nada foi só ilusão!
De tudo houve um começo... e tudo errou...
– Ai a dor de ser – quase, dor sem fim... –
Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim,
Asa que se elançou mas não voou...
Momentos de alma que desbaratei...
Templos aonde nunca pus um altar...
Rios que perdi sem os levar ao mar...
Ânsias que foram mas que não fixei...
Se me vagueio, encontro só indícios...
Ogivas para o sol – vejo-as cerradas;
E mãos de herói, sem fé, acobardadas,
Puseram grades sobre os precipícios...
Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi...
Um pouco mais de sol – e fora brasa,
Um pouco mais de azul – e fora além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
Paris, 13-5-1913
Mário de Sá Carneiro.
Um pouco mais de azul – eu era além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
Assombro ou paz? Em vão... Tudo esvaído
Num baixo mar enganador de espuma;
E o grande sonho despertado em bruma,
O grande sonho – ó dor! – quase vivido...
Quase o amor, quase o triunfo e a chama,
Quase o princípio e o fim – quase a expansão...
Mas na minh’alma tudo se derrama...
Entanto nada foi só ilusão!
De tudo houve um começo... e tudo errou...
– Ai a dor de ser – quase, dor sem fim... –
Eu falhei-me entre os mais, falhei em mim,
Asa que se elançou mas não voou...
Momentos de alma que desbaratei...
Templos aonde nunca pus um altar...
Rios que perdi sem os levar ao mar...
Ânsias que foram mas que não fixei...
Se me vagueio, encontro só indícios...
Ogivas para o sol – vejo-as cerradas;
E mãos de herói, sem fé, acobardadas,
Puseram grades sobre os precipícios...
Num ímpeto difuso de quebranto,
Tudo encetei e nada possuí...
Hoje, de mim, só resta o desencanto
Das coisas que beijei mas não vivi...
Um pouco mais de sol – e fora brasa,
Um pouco mais de azul – e fora além.
Para atingir, faltou-me um golpe de asa...
Se ao menos eu permanecesse aquém...
Paris, 13-5-1913
Mário de Sá Carneiro.
VERBO SER...
Que vai ser quando crescer?
Vivem perguntando em redor. Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce?
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?
Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R.
Que vou ser quando crescer?
Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender. Não vou ser.
Vou crescer assim mesmo.
Sem ser Esquecer.
Carlos Drummond de Andrade
Vivem perguntando em redor. Que é ser?
É ter um corpo, um jeito, um nome?
Tenho os três. E sou?
Tenho de mudar quando crescer? Usar outro nome, corpo e jeito?
Ou a gente só principia a ser quando cresce?
É terrível, ser? Dói? É bom? É triste?
Ser; pronunciado tão depressa, e cabe tantas coisas?
Repito: Ser, Ser, Ser. Er. R.
Que vou ser quando crescer?
Sou obrigado a? Posso escolher?
Não dá para entender. Não vou ser.
Vou crescer assim mesmo.
Sem ser Esquecer.
Carlos Drummond de Andrade
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
Perdoarás...
Perdoarás, mas perdoarás compreendendo que o perdão não te coloca na galeria de virtudes especiais, diante daquele a quem hajas brindado com a tua benevolência.
Perdoarás, reconhecendo que poderia estar no lugar dele.
Examinarás todo o acervo de sentimentos e pensamentos, impulsos e ações que te definem a personalidade e perguntarás a ti mesmo, sem qualquer subterfúgio, como agirias na posição do ofensor, no momento psicológico em que ele caiu.
Ouvirás a consciência sem fugir-lhe às anotações e perseverás, para logo, que é forçoso sanar o erro, entretanto, observarás claramente, que ninguém suprime um erro em definitivo, sem o clima de compaixão e ninguém encontra o clima de compaixão sem a luz do entendimento.
À face disso, quando alguém te apedreje, detém-te por alguns instantes, a fim de enxergar o ocorrido. Alguém já disse que de dez partes do ato de ver, nove delas se processam fora dos olhos físicos, nas profundezas da mente. Através da meditação, ser-te-á possível verificar o agravo como sendo um espinho de raízes envenenadas, infelicitando muito mais o agressor do que a vítima. Divisarás, desse modo, naquele que te desconsidera ou injuria, o prejuízo da ignorância, a inibição da enfermidade, o complexo da angústia ou a cegueira da obsessão. Feito isso, destacarás, facilmente, não a tua suposta superioridade, diante dele, mas sim distinguirás tuas vantagens, com as oportunidades de refletir e de auxiliar que o irmão menos feliz, de muito tempo até agora não terá conhecido.
Em verdade, nem sempre nas lesões que venham a ocorrer, na esfera do espírito, conseguirá agir a sós, no plano da condescendência absoluta, de vez que existem as postergações de preceitos que não se correlacionam apenas contigo mas também com as obrigações da justiça, à frente de todos. Mesmo nessas circunstâncias, perdoarás de ti próprio, esquecendo todo mal, recordando que carregas contigo as próprias fragilidades. E, ainda quando o agravo se caracterize por feição complexa, separando-te provisoriamente daqueles que te feriram, podes atender à lição de Jesus, auxiliando a cada um deles com a benção da prece, porque, em nos referindo aos domínios da alma, em qualquer lugar, a oração é a presença do coração.
EMMANUEL
médium: Francisco Cândido Xavier
Perdoarás, reconhecendo que poderia estar no lugar dele.
Examinarás todo o acervo de sentimentos e pensamentos, impulsos e ações que te definem a personalidade e perguntarás a ti mesmo, sem qualquer subterfúgio, como agirias na posição do ofensor, no momento psicológico em que ele caiu.
Ouvirás a consciência sem fugir-lhe às anotações e perseverás, para logo, que é forçoso sanar o erro, entretanto, observarás claramente, que ninguém suprime um erro em definitivo, sem o clima de compaixão e ninguém encontra o clima de compaixão sem a luz do entendimento.
À face disso, quando alguém te apedreje, detém-te por alguns instantes, a fim de enxergar o ocorrido. Alguém já disse que de dez partes do ato de ver, nove delas se processam fora dos olhos físicos, nas profundezas da mente. Através da meditação, ser-te-á possível verificar o agravo como sendo um espinho de raízes envenenadas, infelicitando muito mais o agressor do que a vítima. Divisarás, desse modo, naquele que te desconsidera ou injuria, o prejuízo da ignorância, a inibição da enfermidade, o complexo da angústia ou a cegueira da obsessão. Feito isso, destacarás, facilmente, não a tua suposta superioridade, diante dele, mas sim distinguirás tuas vantagens, com as oportunidades de refletir e de auxiliar que o irmão menos feliz, de muito tempo até agora não terá conhecido.
Em verdade, nem sempre nas lesões que venham a ocorrer, na esfera do espírito, conseguirá agir a sós, no plano da condescendência absoluta, de vez que existem as postergações de preceitos que não se correlacionam apenas contigo mas também com as obrigações da justiça, à frente de todos. Mesmo nessas circunstâncias, perdoarás de ti próprio, esquecendo todo mal, recordando que carregas contigo as próprias fragilidades. E, ainda quando o agravo se caracterize por feição complexa, separando-te provisoriamente daqueles que te feriram, podes atender à lição de Jesus, auxiliando a cada um deles com a benção da prece, porque, em nos referindo aos domínios da alma, em qualquer lugar, a oração é a presença do coração.
EMMANUEL
médium: Francisco Cândido Xavier
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Coisa mais fofa essa foto...
Sorrir é esquecer-se em proveito dos outros,
é ser transparente a Deus. Por esse
motivo é que os homens são tão sensíveis
ao sorriso. Instintivamente o homem sorri
quando se debruça sobre o berço de uma
criança, um dos maiores espetáculos que a
terra pode oferecer aos homens, espetáculo
que vem diretamente do céu.
(Cardeal Suenens)
é ser transparente a Deus. Por esse
motivo é que os homens são tão sensíveis
ao sorriso. Instintivamente o homem sorri
quando se debruça sobre o berço de uma
criança, um dos maiores espetáculos que a
terra pode oferecer aos homens, espetáculo
que vem diretamente do céu.
(Cardeal Suenens)
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Se as coisas fossem perfeitas...
Não existiria lições de vida
Não haveria arrependimentos
E nem descobertas
Se tudo fosse perfeito
Mãos não se uniriam
E sonhos não seriam valorizados.
Se tudo fosse perfeito
Olhares não se completariam
E gestos passariam despercebidos.
Se tudo fosse perfeito
As lágrimas não existiriam
As palavras seriam perfeitas
Se tudo fosse perfeito
Eu atravessaria o oceano
Sem medo de ser levada pelas ondas
Sem receios de me perder em suas profundezas.
Se tudo fosse perfeito
Dores não existiriam
E a cura não seria procurada
Se tudo fosse perfeito
Não haveria a busca pela perfeição...
Nada é por acaso.
Pois nem o destino... É Perfeito
Bete mensagens.
Não haveria arrependimentos
E nem descobertas
Se tudo fosse perfeito
Mãos não se uniriam
E sonhos não seriam valorizados.
Se tudo fosse perfeito
Olhares não se completariam
E gestos passariam despercebidos.
Se tudo fosse perfeito
As lágrimas não existiriam
As palavras seriam perfeitas
Se tudo fosse perfeito
Eu atravessaria o oceano
Sem medo de ser levada pelas ondas
Sem receios de me perder em suas profundezas.
Se tudo fosse perfeito
Dores não existiriam
E a cura não seria procurada
Se tudo fosse perfeito
Não haveria a busca pela perfeição...
Nada é por acaso.
Pois nem o destino... É Perfeito
Bete mensagens.
A gaivota que não queria ser...
Era uma vez uma gaivota que gostava de ser pomba.
Dizia ela que as gaivotas não servem para nada, ao passo
que as pombas sempre servem para alguma coisa.
– Levam cartas, mensagens, avisos de um lado para o
outro – explicava ela às outras gaivotas. – São as pombas
ou os pombos-correios.
– Também há quem as cozinhe com ervilhas –
interrompeu-a uma gaivota trocista.
– Essa serventia a nós não nos interessa – arrepiaram-se
as outras gaivotas, que voaram, alarmadas
Ficou sozinha a gaivota que queria ser pomba. Servir de
cozinhado também não estava nas suas ambições, mas à
falta de outro préstimo… E pensou: "Gaivota estufada",
"Gaivota de cabidela", "Gaivota guisada com batata...
Realmente, não lhe soava bem. E menos bem devia
saber, porque nunca lhe constara que os humanos, de boca
aberta para todos os gostos, tivessem incluído tais receitas
nos seus livros de cozinha.
A gaivota que queria ser pomba ficou a olhar o mar. Ia
abrir as suas asas para as lançar sobre as ondas, à cata de
peixinho para o almoço, quando um estranho torpor lhe
tomou o corpo. Deteve-se. Encolheu-se. Tapou a cabeça
com uma asa. Aquilo havia de passar.
As outras gaivotas, que há pouco tinham debandado,
regressavam à praia, apanhadas pelo mesmo
entorpecimento que atingira a gaivota desta história.
Formaram um bando tiritante, rente ao mar. Umas,
levantadas numa só pata, outras escondidas numa cova da
areia, olhavam as águas esverdinhadas, espumosas, como
turistas descontentes com a paisagem.
– Estão as gaivotas em terra – disse uma voz humana,
abrindo uma janela, junto à praia. – Vai haver tempestade.
Sendo assim, já não me arrisco a ir para o mar.
De facto, quando as gaivotas ficam em terra, os
pescadores sabem que o tempo vai mudar. Elas é que dão
o sinal. Elas é que sabem. Elas é que pressentem quando a
tempestade se aproxima.
– "Afinal sempre tenho alguma utilidade", pensou a
gaivota que queria ser pomba, toda enrolada numa bola de
penas, e, daí em diante, preferiu continuar a ser gaivota.
António Torrado.
Dizia ela que as gaivotas não servem para nada, ao passo
que as pombas sempre servem para alguma coisa.
– Levam cartas, mensagens, avisos de um lado para o
outro – explicava ela às outras gaivotas. – São as pombas
ou os pombos-correios.
– Também há quem as cozinhe com ervilhas –
interrompeu-a uma gaivota trocista.
– Essa serventia a nós não nos interessa – arrepiaram-se
as outras gaivotas, que voaram, alarmadas
Ficou sozinha a gaivota que queria ser pomba. Servir de
cozinhado também não estava nas suas ambições, mas à
falta de outro préstimo… E pensou: "Gaivota estufada",
"Gaivota de cabidela", "Gaivota guisada com batata...
Realmente, não lhe soava bem. E menos bem devia
saber, porque nunca lhe constara que os humanos, de boca
aberta para todos os gostos, tivessem incluído tais receitas
nos seus livros de cozinha.
A gaivota que queria ser pomba ficou a olhar o mar. Ia
abrir as suas asas para as lançar sobre as ondas, à cata de
peixinho para o almoço, quando um estranho torpor lhe
tomou o corpo. Deteve-se. Encolheu-se. Tapou a cabeça
com uma asa. Aquilo havia de passar.
As outras gaivotas, que há pouco tinham debandado,
regressavam à praia, apanhadas pelo mesmo
entorpecimento que atingira a gaivota desta história.
Formaram um bando tiritante, rente ao mar. Umas,
levantadas numa só pata, outras escondidas numa cova da
areia, olhavam as águas esverdinhadas, espumosas, como
turistas descontentes com a paisagem.
– Estão as gaivotas em terra – disse uma voz humana,
abrindo uma janela, junto à praia. – Vai haver tempestade.
Sendo assim, já não me arrisco a ir para o mar.
De facto, quando as gaivotas ficam em terra, os
pescadores sabem que o tempo vai mudar. Elas é que dão
o sinal. Elas é que sabem. Elas é que pressentem quando a
tempestade se aproxima.
– "Afinal sempre tenho alguma utilidade", pensou a
gaivota que queria ser pomba, toda enrolada numa bola de
penas, e, daí em diante, preferiu continuar a ser gaivota.
António Torrado.
sábado, 2 de outubro de 2010
TROPEL DOS POTROS!...
Quando falamos
muito falamos de nós
ao nosso interior consagramos
conhecendo os nossos nós.
Se tivermos amor dentro
é o amor que expressamos
nos fazendo assim o epicentro
do que de fato conhecemos.
Se falarmos mal de alguém
é sobre nós que articulamos
mas se falamos o bem
mostramos o que somos.
Tem gente que passa a vida
tentando destruir a vida dos outros
não se ocupa de sua própria lida
e vive como um tropel de potros.
Rick Steindorfer.
muito falamos de nós
ao nosso interior consagramos
conhecendo os nossos nós.
Se tivermos amor dentro
é o amor que expressamos
nos fazendo assim o epicentro
do que de fato conhecemos.
Se falarmos mal de alguém
é sobre nós que articulamos
mas se falamos o bem
mostramos o que somos.
Tem gente que passa a vida
tentando destruir a vida dos outros
não se ocupa de sua própria lida
e vive como um tropel de potros.
Rick Steindorfer.
Canta Onde Nada Existe...
Canta onde nada existe
O rouxinol para seu bem ,
Ouço-o, cismo, fico triste
E a minha tristeza também,
Janela aberta, para onde
Campos de não haver são
O onde a dríade se esconde
Sem ser imaginação.
Quem me dera que a poesia
Fosse mais do que a escrever !
Canta agora a cotovia
Sem se lembrar de viver...
Fernando Pessoa...
O rouxinol para seu bem ,
Ouço-o, cismo, fico triste
E a minha tristeza também,
Janela aberta, para onde
Campos de não haver são
O onde a dríade se esconde
Sem ser imaginação.
Quem me dera que a poesia
Fosse mais do que a escrever !
Canta agora a cotovia
Sem se lembrar de viver...
Fernando Pessoa...
Assinar:
Postagens (Atom)