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Meus Vídeos...

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Video...Duas vidas em um só coração...Wilceu Pause...Calmom...

Tudo passa...

Sempre chega a hora da solidão...

Sempre chega a hora de arrumar o armário...

Sempre chega a hora do poeta a plêiade...

Sempre chega a hora em que o camelo tem sede...


O tempo passa e engraxa a gastura do sapato...

Na pressa a gente não nota que a Lua muda de formato...

Pessoas passam por mim pra pegar o metrô...

Confundo a vida ser um longa-metragem;

O diretor segue seu destino de cortar as cenas...

E o velho vai ficando fraco esvaziando os frascos...

E já não vai mais ao cinema...


Tudo passa e eu ainda ando pensando em você...

Tudo passa e eu ainda ando pensando em você...


Penso quando você partiu...

Assim... sem olhar pra trás...

Como um navio que vai ao longe;

E já nem se lembra do cais...

Os carros na minha frente vão indo;

E eu nunca sei pra onde;

Será que é lá que você se esconde?..


Tudo passa e eu ainda ando pensando em você...

Tudo passa e eu ainda ando pensando em você...


A idade aponta na falha dos cabelos...

Outro mês aponta na folha do calendário...

As senhoras vão trocando o vestuário...

As meninas viram a página do diário...


O tempo faz tudo valer a pena...

E nem o erro é desperdício...

Tudo cresce e o início;

Deixa de ser início...

E vai chegando ao meio...

Aí começo a pensar que nada tem fim...


Ana Carolina

domingo, 18 de setembro de 2011

Sozinho...

Sozinho, meu pensamento focaliza em alguém.
Deixo-o livre, e de repente meu coração aperta.
Mas não estou triste, pelo contrário, deixo escapar um sorriso.
Comer não me parece tão importante, agora me sinto alimentado por outra coisa. Acordo sempre com os mesmos pensamentos, e os mesmos me impulsionam a ter um grande dia.
Quando te vejo sinto coisas estranhas, mas boas.
Quando falo com você minha cabeça pensa direito, mas minhas palavras saem embaralhadas, e minhas mãos ficam suando.
Meu pensamento focaliza alguém, esse alguém é você.
É, estou amando.


Bob Marley


Video...From this moments on...Shania Twain...

sábado, 17 de setembro de 2011

Os Três Mal-Amados...



O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome.

O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos.

O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina.

O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos.

Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina.

O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água.

O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome.

O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel.

O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso.

O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala.

O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.


João Cabral de Melo Neto

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

Amor de verão, que asa trazes ferida...

Viu-a pela primeira vez em Agosto...
Trazia presa nos cabelos uma única flor aberta sobre o rosto, mas era como se toda a Primavera se tivesse impregnado nos cabelos...
Quando a olhou, foi um pássaro ferido que viu estendido no caminho...
Ele pensou que nunca ninguém entenderia, mas aqueles olhos viviam o mesmo dilema, o mesmo castigo...
O mundo era pequeno demais para quem queria as estrelas do céu sem as conseguir encontrar na Terra...
No coração dele, dormia um pássaro ferido...
O coração dela era um pássaro de asas presas na armadilha do horizonte...
 Eram duas partes distintas de um mesmo assunto nunca discutido, duas asas de um mesmo pássaro com medo de voar...
Quando ele passou, ela levantou os olhos e abriu-os para ele tal e qual uma flor que vê o sol e ele só queria depositar-lhe um beijo na testa como quem deposita a desejada estrela no céu...

O coração dela dizia-lhe agitado que com certeza ele era português, mas ela sentia-o espanhol e os cabelos loiros do menino apontavam para o inglês...
Ela, portuguesa, sabia, no entanto, que havia nascido uma linguagem peculiar entre o coração dela e o dele que dispensava qualquer tipo de nacionalidade, estrangeirismo ou cultura...
Ele tinha um arzinho tímido, como quem tem medo do escuro...
Ela dar-lhe-ia a mão na caminhada do medo se pudesse descansar sobre o peito dele e restabelecer as forças...
Ela, menina de olhos meigos, conseguia tocar-lhe com a asa nos cabelos de trigo só de lhe retribuir o olhar...
Eram os dois pássaros mecânicos a voar contra campos de trigo...
Porque quando se cruzaram, nasceu um simpático mistério que restaurava as asas a pássaros feridos e os libertava...
Durante dias, ele viu-a passar...
Todos os dias ela lhe parecia mais bela...
Uma nova luz do pássaro ferido renascia sempre que ela o via...
Ela chamava-o silenciosamente na distância, ele tentava ouvi-la sem a tocar...

Um dia, ela foi embora sem saber se ele era, afinal, português, inglês ou espanhol...
Um dia, ele deixou de a ver sem ouvir a voz que chamava pelo seu coração...
Talvez um dia se reencontrem e os corações se reconheçam...
Nunca souberam o nome um do outro, talvez porque os pássaros não têm nome...
E eles eram pássaros mecânicos movidos pela força secreta do coração...

Autor Desconhecido...

domingo, 11 de setembro de 2011

sábado, 10 de setembro de 2011

Video...My Angel Gabriel...

Feliz 16/09/2011 amo você meu lindinho....

Chão do céu...

Não ouço mais nenhuma voz,


meus braços já não te sentem,

teus olhos foram da minha frente,

sem o beijo, meus lábios secaram,

fecho um pouco mais minha vida,

fico no mesmo lugar à espera.



Não sei se o céu tem um chão,

perdi-me entre algumas nuvens,

o sonho agora é escuridão,

no espaço ainda vôo sozinho,

vai alto o que desejei,

tão longe que meu coração não alcança.



Sei que fizeste planos também,

sei reconhecer uma paixão,

fecho os olhos para ouvir a vida,

não devo sentir amor,

tranco os lábios sem nenhum gosto,

os sentimentos ficaram sem direção.



Procuro uma escada que me leve ao céu,

quero pisar firme neste chão,

talvez a luz do sol venha pra dentro

e me mostre outros sentimentos,

quero renascer como um dia,

sei que vai entender, se amo, te amo.



Poderia um dia me dar de corpo inteiro,

mas meu céu já não tem chão,

tua ausência levou meus sonhos,

não sou o primeiro amor perdido,

volto para minha noite de sol,

qualquer dia vou em outra direção.



Autor Caio Lucas...

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Lua cheia...

O jovem hipopótamo olha-se no espelho do lago e diz,


tristemente:

– Sou tão feio! Tenho a boca enorme, dentes separados,

uns olhos de choro, orelhas ridículas e um corpo… oh, um

corpo tão deselegante, tão desajeitado que nunca vou poder

dançar com ninguém.

O jovem elefante também se olha no espelho do lago e

diz, tristemente:

– Sou tão feio! Tenho uma tromba imensa, orelhas de

abano, olhinhos piscos e um corpo… oh, um corpo tão

trangalhadanças e descomunal que nunca vou poder jogar

às escondidas com ninguém.

Mas, quando o jovem hipopótamo, depois de,

tristemente, se ter mirado no espelho do lago, levantou a

cabeça, viu, na outra margem, uma jovem hipopótama.

– Que linda! – exclamou. – Tem uma boca grande e

expressiva, dentes bem implantados, uns olhos

enternecidos, orelhas mimosas e um corpo tão elegante que

apetece logo convidá-la para dançar.

Também o jovem elefante, depois de, tristemente, se ter

visto reflectido no espelho do lago, ao levantar a cabeça,

deparou com uma jovem elefanta, na outra margem.

– Que encantadora! – exclamou. – Tem uma tromba

ondulante, orelhas cheias e contentes, uns olhinhos

maliciosos e um corpo tão resplandecente de vida que

apetece logo pedir para jogar às escondidas com ela.

É de ficar por aqui.

A estas horas, o jovem elefante e o seu par jogam às

escondidas, correm, perseguem-se, riem, à beira do lago.

Que felizes que eles estão!

Estão eles e estamos nós. Até a Lua, bem redonda e

festiva, que sobe pela noite, se debruça lá do alto, para não

perder nem um pouco de perfume da Primavera, a

despontar na terra, nos animais, nas plantas, em tudo o que

é vida e anuncia a felicidade.
 
 
Autor: Antonio Torrado...
 

Meu amor Gabriel....

                         A tia ama você meu amorzinho...Tá chegando o niver
                         16/09/2011, 06 aninhos de vida com muito amor, carinho,
                         e doçura....Você é uma criança maravilhosa e linda...
                         Parabéns meu amadinho...Beijão...

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Video...Colado em suas mãos...

Amo essa música...Linda demais...Faz lembrar alguém....rsrsrsrsrsrsrs

As vezes...

“ As vezes estamos sem rumo ,


mas alguém entra em nossa vida ,

e se torna o nosso destino .

As vezes estamos no meio de

centenas de pessoas , e a solidão

aperta nosso coração pela falta

de uma única pessoa “....



Luiz Fernando Veríssimo...

domingo, 4 de setembro de 2011

Video...Enquanto o sol brilhar...

Com todo meu amor....

Na noite terrível...

Na noite terrível, substância natural de todas as noites,


Na noite de insônia, substância natural de todas as minhas noites,

Relembro, velando em modorra incômoda,

Relembro o que fiz e o que podia ter feito na vida.

Relembro, e uma angústia

Espalha-se por mim todo como um frio do corpo ou um medo.

O irreparável do meu passado — esse é que é o cadáver!

Todos os outros cadáveres pode ser que sejam ilusão.

Todos os mortos pode ser que sejam vivos noutra parte.

Todos os meus próprios momentos passados pode ser que existam algures,

Na ilusão do espaço e do tempo,

Na falsidade do decorrer.



Mas o que eu não fui, o que eu não fiz, o que nem sequer sonhei;

O que só agora vejo que deveria ter feito,

O que só agora claramente vejo que deveria ter sido —

Isso é que é morto para além de todos os Deuses,

Isso — e foi afinal o melhor de mim — é que nem os Deuses fazem viver ...



Se em certa altura

Tivesse voltado para a esquerda em vez de para a direita;

Se em certo momento

Tivesse dito sim em vez de não, ou não em vez de sim;

Se em certa conversa

Tivesse tido as frases que só agora, no meio-sono, elaboro —

Se tudo isso tivesse sido assim,

Seria outro hoje, e talvez o universo inteiro

Seria insensivelmente levado a ser outro também.



Mas não virei para o lado irreparavelmente perdido,

Não virei nem pensei em virar, e só agora o percebo;

Mas não disse não ou não disse sim, e só agora vejo o que não disse;

Mas as frases que faltou dizer nesse momento surgem-me todas,

Claras, inevitáveis, naturais,

A conversa fechada concludentemente,

A matéria toda resolvida...

Mas só agora o que nunca foi, nem será para trás, me dói.



O que falhei deveras não tem sperança nenhuma

Em sistema metafísico nenhum.

Pode ser que para outro mundo eu possa levar o que sonhei,

Mas poderei eu levar para outro mundo o que me esqueci de sonhar?

Esses sim, os sonhos por haver, é que são o cadáver.

Enterro-o no meu coração para sempre, para todo o tempo, para todos os universos,



Nesta noite em que não durmo, e o sossego me cerca

Como uma verdade de que não partilho,

E lá fora o luar, como a esperança que não tenho, é invisível p'ra mim.



Álvaro de Campos, in "Poemas"

Heterónimo de Fernando Pessoa

sábado, 3 de setembro de 2011

Você em minha vida...

Tantas foram as vezes

que nos falamos...

E em nenhuma delas,

lembrei-me de dizer,

o significado da tua

existência em minha vida...



Você foi e sempre será

o meu grande e único amor...



Não lhe falei o quanto você

é importante para mim,

mesmo que distante...



Não lhe falei que é nos teus

olhos, que consigo ver o infinito,

e encontro a paz nos meus momentos

de angústia...



Não lhe falei que antes de te conhecer,

eu não imaginava que podia sorrir tão

feliz com meu coração...



E também não lhe falei, que eu já

sabia, que sem você minha vida

perderia o sentido...



Queria ter lhe falado com calma,

devagar o quanto amo você;

Queria poder ter demonstrado um

pouquinho que fosse a imensidão

do meu amor, do meu carinho...



Queria lhe dizer tantas coisas,

tantas pra lhe mostrar...

Mas tudo ficará aqui, guardado

em minha mente nas lembranças

e na esperança de um dia

te reencontrar, e apenas uma

vez poder te amar...



A única coisa que ainda posso

te dizer:É que você fez morada

em meu coração, e que não há

despedida ou distancia que vai

tirar você de mim...



Meu coração te escolheu...

Para ser o meu eterno AMOR...


Autora: Suelita Debatin...

Sem você...

Sem Você ... meu sorriso de menina


Que a todos fascina

E que ao meu rosto havia retornado

Não consegue mais expressar

Minha tão sonhada felicidade.


Sem Você ... o canto do Sabiá ao amanhecer

Já não soa como uma linda melodia

Que embalava nossos sonhos enamorados

Lembrando que mais um novo despertar

Já nos aguardava, para novamente nos amar.


Sem Você ... a mais linda tarde de Sol

Que colore e dá brilho a natureza

Já não consegue mais fazer brilhar

Os meus pequenos olhos

Que só faziam te amar.


Sem Você ... não consigo olhar as estrelas.

Sinto que neste imenso universo

Algo mais importante está faltando

É o "Meu Pedacinho de Céu"

Que um dia você disse ser para mim.


Sem Você ... os beijos loucos e ardentes

Não terão mais sabor

Pois ao tocar a sua boca

Meu corpo todo se estremecia

E todo o meu ser se sentia

deliciosamente beijado por você.


Sem Você ... as noites se tornam longas e vazias

Sinto um aperto no peito

E o medo invade o meu ser

Aí então, eu volto a ser criança

Procurando o seu colo, para adormecer.


HOJE . . . Sem Você . . .


Nada mais faz sentido


Não sou mais EU, porque EU era VOCÊ

e pensei que VOCÊ também fosse EU.



Mas por este louco amor vou lutar e

acreditar, que voltas para mim.


Aí ... seremos UM SÓ e não mais

EU e VOCÊ.

Autora: Crizinh@...

Perdi o meu sorriso...

Perdi o meu sorriso,


não aquele que apenas me contrai os lábios.

Perdi o verdadeiro sorriso,

aquele que vem de dentro para fora,

que nascia no fundo do meu ser.



Procurei-o em todas as divisões da casa.

No quarto encontrei apenas emoções;

na sala, divagações;

na cozinha, recordações;

na varanda, contemplações.

Desisti de o procurar,

não estava à vista.


Perdi-o dentro de mim,

na camada mais secreta do meu ser,

no ventrículo mais fundo do meu coração,

escondido entre a emoção e a razão.


Quis resgatá-lo.


Era tarde, as mãos tremiam,

os gestos já não obedeciam

e o sorriso era falso.


No exterior ficaram sorrisos faciais:

o sorriso de troça,

o sorriso de condescendência,

o sorriso de deslumbre,

o sorriso de embaraço,

o sorriso amargo,

o sorriso humilde

e muitos, muitos sorrisos…


Mas o meu sorriso,

o que vem da alma,

ficou para sempre esquecido!


Autor: gilcelia...

sexta-feira, 2 de setembro de 2011

Saudade...

Quando vem a saudade


O tempo volta atrás

O amor vem a realidade

Te esquecer jamais


Quando vem a saudade

Tudo faz lembrar

Todo o amor que eu te dei

E tudo volta num piscar


Toda a lágrima

Que por você eu chorei

Não foi em vão

Agora eu sei


Todo amor que eu senti

Por você, não foi em vão

Com você aprendi

A escutar meu coração


Quando vem a saudade

Agora sei, que nunca esquecerei

O quanto te amei de verdade

Um amor que sempre levarei

Para toda a eternidade.


Autor:  Eudes Batista De Paula



Nosso amor...

Nosso amor é mar em fúria,


Que se acalma de repente…

Como brisa de outono,

Envolve e fascina a gente…

Nosso amor é cavalgada

De alazões na amplidão,

Colibris em revoada,

Espalhando emoção…

Tempestades de carícias

Emergem de nosso amor,

Tufões de incríveis delícias,

Ondas de fértil sabor…

É um misto instigante

De potência e ternura,

De aromas multicores,

De meiguice e loucura…

Nosso amor é inocente

Qual sorriso de criança,

São grilhões que nos enlaçam

Em amarras de bonança…

Cada abraço é um pedido,

O pedido, uma promessa,

De quem anseia doar-se,

De quem amar sente pressa...

Enfim…

….o nosso amor é assim...

Um viajante do tempo,

Que mescla adoravelmente

O passado e o futuro

Em nosso eterno presente…...

Fernando Pessoa ...

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Eu não existo sem você...

Eu sei e você sabe, já que a vida quis assim..


Que nada nesse mundo levará você de mim...

Eu sei e você sabe que a distância não existe...

Que todo grande amor,

Só é bem grande se for triste...

Por isso, meu amor,

Não tenha medo de sofrer...

Que todos os caminhos,

Me encaminham pra você...



Assim como o oceano,

Só é belo com luar...

Assim como a canção,

Só tem razão se se cantar...

Assim como uma nuvem,

Só acontece se chover...

Assim como o poeta,

Só é grande se sofrer...

Assim como viver,

Sem ter amor não é viver...

Não há você sem mim,

Eu não existo sem você...



Vinícius de Moraes...

Ao amor antigo...

O amor antigo vive de si mesmo,


não de cultivo alheio ou de presença.

Nada exige nem pede. Nada espera,

mas do destino vão nega a sentença.



O amor antigo tem raízes fundas,

feitas de sofrimento e de beleza.

Por aquelas mergulha no infinito,

e por estas suplanta a natureza.



Se em toda parte o tempo desmorona

aquilo que foi grande e deslumbrante,

a antigo amor, porém, nunca fenece

e a cada dia surge mais amante.



Mais ardente, mas pobre de esperança.

Mais triste? Não. Ele venceu a dor,

e resplandece no seu canto obscuro,

tanto mais velho quanto mais amor...



Carlos Drummond de Andrade