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terça-feira, 18 de setembro de 2012
Pied-de-nez...
Lá anda a minha Dor às cambalhotas
No salão de vermelho atapetado -
Meu cetim de ternura engordurado,
Rendas da minha ânsia todas rôtas...
O Erro sempre a rir-me em destrambelho -
Falso mistério, mas que não se abrange...
De antigo armário que agoirente range,
Minha alma actual o erverdinhado espelho...
Chora em mim um palhaço às piruetas;
O meu castelo em Espanha, ei-lo vendido -
E, entretanto, foram de violetas,
Deram-me beijos sem os ter pedido...
Mas como sempre, ao fim - bandeiras pretas.
Tômbolas falsas, carrousel partido...
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Mário de Sá-Carneiro...
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