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quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Desdenhando...


Irrita-me esse olhar tão de desdém,

Esse teu ar de superioridade,

Altivo para mim, como de quem

Olha de longe o mundo e a vaidade.


Sei que me tens amor, e na verdade,

de que serve fingir, se quem o tem

Nunca pode escondê-lo de ninguém;

E toda a gente o tem na nossa idade!


"Amor" - linda palavra, tão suave!

É riso de criança, trilo d'ave,

Renda tecida à noite p'lo luar!


Eu digo-a tantas vezes com fervor,

Que nem sei como ela, meu Amor,

Te custe uma só vez a murmurar!...
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Florbela Espanca...

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