Pesquisar este blog

Meus Vídeos...

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Translúcido...



Rosas raras se alçavam puras.

Eu sonho que vivi sempre exaltado.


Amo os danos do mundo, quero a chama

Do mundo, vós, paixões do mundo. E penso:

Estrangeiro não sou, pertenço à terra.


Um céu abriu as mãos sobre o meu rosto.

Barcos de prata cantam vagamente.


Pensando, desço então pelas veredas

Do mar, do mar, do mar !

Sinto-me errante.


Que faz no meu cortejo essa alegria ?

O tempo é meu jardim, o tempo abriu

Cantando suas flores insepultas.

Canta, emoção antiga, meus amores,

Canta o sentido estranho do verão,


Canta de novo para mim que fui

Vago aprendiz de mágico, abstrata

sentinela do espaço constelado.

Conta que sempre sou, quem fui, menino.


A pantera do mar da cor de malva

Uivava sobre a vaga chamejante.

Eu sonho que vivi sempre exaltado.

Meu pensamento forte é quase um sonho.

Nos meus ombros, o pássaro final.


Íntimo, atroz, lirismo a que me oponho.

Quando a manhã subir até meus lábios

Suscitarei segredos novos. Ah!

Esta paixão de destruir-me à toa...
.
.
.
Paulo Mendes Campos...

Nenhum comentário:

Postar um comentário