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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Poema de Amor...


O céu, as linhas de luz na água,

caminhos diferentes para o coração.

A queda de sons diversos na atenta coincidência

dos ouvidos. A relação de uma límpida tarde

com um movimento de ombros junto do teu corpo,

na luminosa sequência da tua voz.

Um andar divino de transparente espectro

sobre o fundo de árvores;

o acentuar da impressão dos teus olhos

na quente atmosfera estagnada.

Mas o súbito levantar do vento dissipo

a primitiva aparência. Um canto lívido

de mortas recordações apenas subsistiu,

o indefinido desgosto dos teus braços,

o remorso de gestos incompletos

que a memória suspende.

Nem me espanto já com a tua proximidade.

Bem vindos, decompostos lábios!

O ranger da cama sobrepõe-se

ao ruído das cigarras...
.
.
.
Nuno Júdice...

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