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sexta-feira, 13 de julho de 2012
Nova Poética...
Vou lançar a teoria do poeta sórdido.
Poeta sórdido:
Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida.
Vai um sujeito,
Sai um sujeito com a roupa de brim branco muito
bem engomada, e na primeira esquina passa um
caminhão, salpica-lhe o paletó de uma nódoa de lama:
É a vida.
O poema deve ser como a nódoa no brim:
Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero.
Sei que a poesia é também orvalho.
Mas este fica para as menininhas, as estrelas alfas,
as virgens cem por cento e as amadas que envelheceram sem maldade...
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Manuel Bandeira...
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